Ele gostava de cantar músicas de Manoel Serrano, antigo compositor nascido no bairro Cabelo Seco.

Também nascido no bairro que deu origem a Marabá, sabia pescar, fazer seresta e contar boas piadas.

Era a voz das ribanceiras de Tocantins e Itacaiúnas.

Manoel Celestino, popularmente o nosso querido Manoel “Gato”, deu bye bye aos limites da vida terrena.

A morte dele vai desfalcar a boemia da “Velha Marabá”, entristecendo canoeiros, jogadores de tarrafa, calafates, amantes da boa pinga.

E bons contadores de causos, como ele.

E bons imitadores de gentes “da antiga”, como ele.

Sentindo o cheiro diário do encontro das águas dos dois rios, na ponta de terra que deu origem a cidade,  “Gato” deixou a vida lhe levar, zoando dela quando se fazia necessário.

Era um protagonista da comunidade, cercado de amigos.

Merece uma canção, na hora da despedida final.

 

Manoel Gato