Ele gostava de cantar músicas de Manoel Serrano, antigo compositor nascido no bairro Cabelo Seco.
Também nascido no bairro que deu origem a Marabá, sabia pescar, fazer seresta e contar boas piadas.
Era a voz das ribanceiras de Tocantins e Itacaiúnas.
Manoel Celestino, popularmente o nosso querido Manoel “Gato”, deu bye bye aos limites da vida terrena.
A morte dele vai desfalcar a boemia da “Velha Marabá”, entristecendo canoeiros, jogadores de tarrafa, calafates, amantes da boa pinga.
E bons contadores de causos, como ele.
E bons imitadores de gentes “da antiga”, como ele.
Sentindo o cheiro diário do encontro das águas dos dois rios, na ponta de terra que deu origem a cidade, “Gato” deixou a vida lhe levar, zoando dela quando se fazia necessário.
Era um protagonista da comunidade, cercado de amigos.
Merece uma canção, na hora da despedida final.
Clésio Fima
24 de maio de 2013 - 09:57Tive o prazer de conhecer esse Cidadão, por pouco tempo de convivencia encontrei no mesmo a lealdade e simpatia de um verdadeiro guerreiro…Que a terra lhe seja leve.
Dulce Costa
24 de maio de 2013 - 09:28Uma perda inestimável num momento em que a nossa cultura musical precisa ser novamente estimulada. Com certeza a nossa alma boêmia está de luto…além de uma pessoa totalmente humana, simpática e muito culta. Meus sentimentos à família enlutada, que Deus esteja com todos nesse momento de dor…..e, ainda, meus sinceros pêsames à cultura local que perde um membro ativo e uma voz grandiosa.
João Chamon Neto
24 de maio de 2013 - 06:03Fui surpreendido com a notícia da morte do Manoel e confesso-me entristecido e saudoso da sua bela história, que ao lado de Zequinha, Felismar, o excelente baterista Pedrinho Oliveira e outros,compartilharam comigo nos idos dos anos 70/80, as manhãs alegres e emocionantes de domingos no nosso inesquecível Domingo Alegre no Cine Marrocos, programa de auditório que idealizei e apresentava ao lado dos Invencíveis ( se a memória não me falha) – nome do Conjunto musical liderado pelo Felismar. Foram momentos que marcaram nossa trajetória e nos fizeram felizes por produzirmos talentos como Aurélio Santos, Amaury Moreira, Cícero Rossy e tantos outros, e que fazia vibrar o auditório sempre lotado, com as belas apresentações do amigo e colega de Clube Atlético Marabá Titonho em suas imitações de Raul Seixas e nosso “Manchinha” imitador do Ney Matogrosso e tantos outros talentos que alí descobriu-se naquela “brincadeira” que nos proporcionava tantas alegrias compartilhadas com os jovens da época.
Que Deus o tenha, Manoel.
JOÃO CHAMON NETO
Wanderley Mota
24 de maio de 2013 - 05:09no dia da abertura do centenário de marabá,no show de Zeca Baleiro,encontrei-me com ele lá mesmo na praça de São Félix, onde tantas outras vezes nos encontramos no cantinho do mercado,no Zé Melé, sempre solícito e cheio de elogios para comigo,vá com Deus companheiro,meus pêsames à velha guarda marabaense!!!
GIlsim Silva
24 de maio de 2013 - 00:14Meus sentimentos a todos os Familiares e Amigos. .Agora é só saudades da figura carismática do Grande Amigo MANOEL GATO…..
apinajé
23 de maio de 2013 - 21:07O que seria da noite sem boemia?a canção entristeceu,mas o tempo senhor da razão ha de amenizar a saudade.A velha Marabá ta ficando velha,seus ícones estão partindo antes do combinado,resta-nos um consolo a história fica. Manoel certamente é uma dessas pessoas que de tanto cantar as coisas de Marabá será eternizado na história de nossa cidade.tive raras oportunidade de está com essa figura,mesmo assim tem grandes lembranças.Ao Zequinha toda força e que esse sofrimento sirva de inspiração e se transforme numa canção em tributo ao MANOel…em tempo Zequinha,tenho imagens nossas no caju amigo e também no araguaia algumas hilárias,uma delas o Manoel ta escondido atrás de um prato de “bóia”dígno de ser chamado de serra…próxima ida por aí prometo que te levo em DVD para que guardes de recordação…”internacionalizando a amazônia seremos o que?
gente brasileira,colônia estrangeira mesmo sem querer”
“o barulho do trem que leva o minério para Itaqui
num som dó re mi,p’ro povo dormir”…
Alerta amazônia,obra prima desses mestres da cultura popular marabaense.
João Dias
23 de maio de 2013 - 19:57ASSIM ERA O MEU CABELO SECO
Zequinha aprendeu tocar violão com cordas de fibra, esticada em um pedaço de madeira sobre o couro. Tudo improvisado. O som não era dos melhores, a animação sim.
Sendo o irmão mais velho, fez dupla com o Manoel Gato, a quem deve ter ensinado a arte de tocar e cantar nas noites marabaenses.
Fomos colegas de época. Zequinha aperfeiçoou o dedilhado, o domínio das cordas – por certo conseguiu um violão de verdade. Era quem acompanhava os calouros nas manhãs de domingo no Cine Marrocos, sob à direção de Salomão Amouri, promotor oficial do evento.
Boas lembranças, saudades eternas, força Zequinha!
sds. marabaenses.
João Dias.
João Guimarães
23 de maio de 2013 - 19:03Eu reputo como o funcionário zeloso que foi; Probo sim, justo, emocional, visceral ás vezes e por isso, mal interpretado por maldosos de plantão, cumpridor e conhecedor da sua função. Não conheci o boêmio; Pra mim, o marido dedicado, o pai de família exemplar, o irmão, o amigo, o homem do bem era o que contava…Saudades, amigo Manoel Gato, vá pra Deus!
Leticia Juka
23 de maio de 2013 - 17:28Meus sentimentos aos familiares e amigos assim como eu, sentiremos muitas saudades destas simpatia em pessoa.
Chagas Filho
23 de maio de 2013 - 17:21Estou fora de Marabá e fui pego de surpresa com essa notícia. Sabia que ele estava internado, mas nunca imaginei que seria o fim.
Sou fã do Manoel Gato e estou de luto.
Marabá Melhor.
23 de maio de 2013 - 11:41Hoje Marabá esta de luto pela perda de um senhor que em vários momentos desta vida em sua profissão como funcionário público e zeloso que era, sempre fazia o bem e não distinguia ser pobre ou rico preto ou branco, procurava sempre estar ao lado de quem tinha direito, este era o grande Manoel Gato carinhosamente como era conhecido, as nosssas noites na Toca do Manduquinha já não vai ter o mesmo brlho pois a voz timbrada e marcante deste cidadão nos embalava e nos levava aos bons tempos com uma grande variedades de musicas, hoje calada, mais em nossas lembranças vai permanecer por muito tempo.
Que Deus possa te dar o descanso eterno.
apinajé
23 de maio de 2013 - 11:28Vai deixar saudades,guardo comigo boas lembranças dos tempos de FECAM,
tenho também guardada uma fita vhs de um passeio no Araguaia com meus familiares em que Manoel e Zequinha foram contratados para cantar nos luaus que fazíamos…. realmente boas lembranças…alerta Amazônia e Açaí eram os Hits sob o céu estrelado.
…naquela mesa ele contava estória que hoje na memória eu guardo e sei de có…
Manoel Gato
23 de maio de 2013 - 11:10Num tempo em que as cidades modernas usam fotos de satélite, geo referenciamento, gps, teodolitos computadorizados, um homem sai da secretaria com mapas surrados, desenhos antigos, croquis rabiscados em simples folhas de papel para arrumar, reordenar, plotar, seja lá o que for naqueles momentos onde conflitos foram resolvidos apenas com a intervenção de Manoel. E não foram poucos. Gente vagabunda querendo roubar um pedaço do terreno do outro, esquentar um terreno, plantas suspeitas de fraudes, enfim, era ele, que ao fim e ao cabo, resolvia tudo com o censo dos marabaenses mais antigos. E tudo se resolvia e acabava bem. Sua palavra, seu conhecimento da matéria, era acatada e a paz voltava a reinar na terrinha de Chico Coelho. E agora? Outro que sabia tudo, o Marão da Cosanpa, que tinha de cabeça onde passavam os canos, também não está mais aqui. Os dois, juntos, em alguma dimensão, estão tirando um sarro em nós. Marão e o Gato, já estão fazendo falta. Paz a estes dois figurões desta centenária Marabá.
Agenor Garcia
jornalista.