Os quatro deputados representantes diretamente do Sul e Sudeste do Pará, por ocasião dos debates na Comissão da Amazônia, revelaram pontos de vista distintos em relação às medidas a serem adotadas para coibir a onda de invasões.

Considerando a ausência do Estado motivadora de todos os problemas por não ter aparato de segurança suficiente para encarar as demandas, Giovanni Queiroz (PDT) disse que o Pará sofre de um processo de contaminação, razão maior para “não se adiar uma rediscussão geopolítica da Amazônia”.

Bel Mesquita (PMDB) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB) defenderam a presença na região da Força Nacional de Segurança. Segundo eles, os conflitos agrários atuais são fomentados por organizações criminosas que merecem o mesmo tratamento dispensado ao banditismo enfrentado nas favelas do Rio de Janeiro.

“Sai a força policial, volta a violência”. Com essa expressão, o deputado Asdrubal Bentes (PMDB) discordou da convocação da Força Nacional de Segurança por considera-la inócua.

As desapropriações de terras produtivas em áreas Indígenas mereceram acaloradas discussão, principalmente os critérios de avaliação por benfeitorias existentes nos imóveis, considerados “injustos” pelo próprio ministro da Justiça, que defende o direito de posse alienado pela desapropriação.

Tasso Genro anunciou que encomendará a revisão de laudos antropológicos, detalhando de forma mais clara o reconhecimento daquelas áreas.