Deve ser pela falta de respeito com outras religiões que segmentos de várias correntes cristãs condenaram publicamente a nomeação do pastor Marco Feliciano, deixando bem claro que os protestos e a indignação passavam longe de uma guerra contra os evangélicos e armados pelos homossexuais.

“Os necessários avanços dos Direitos Humanos no Brasil poderão acontecer sob a gestão do PSC e, para tanto, nos parece estratégico ouvir o clamor das ruas e dos movimentos sociais com respeito à escolha, pelo partido, de um nome que não traga tamanha carga negativa para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, diz a carta aberta da Rede Fale, formada por diversas igrejas evangélicas, tradicionais e pentecostais, que militam no campo dos direitos humanos.

O pastor negro da Igreja Batista do Parque Doroteia, Davi de Oliveira, foi taxativo em entrevista para o “Diário do Grande ABC”: “Ele não nos representa”.  (Leia  AQUI )

 

O Conselho Nacional das Igrejas Cristãs ( Conic),  formado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana do Brasil, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Sirian Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida,  fez uma moção de repúdio contra Marco Feliciano. (Leia   AQUI )

“Considerando o corolário de nossa missão, à luz dos valores que a inspiram, e as manifestações de diversos segmentos da sociedade brasileira, expressamos nosso repúdio ao processo que levou à escolha do Deputado Marco Feliciano (PSC), o qual, por suas declarações públicas, verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e preconceituoso contra minorias, pelas quais responde a processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Tal comportamento o descredencia para liderar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e propugnamos por seu imediato afastamento”, diz um trecho da moção.

Em todos os textos nas redes sociais que chamam para os protestos contra o pastor,  o pensamento é o mesmo:  “ O evento não é antievangélico. Demonstrações de ódio a religiões não serão toleradas”.

Entretanto, apesar de diversas religiões, incluindo as cristãs, se manifestarem contra Feliciano, o deputado prefere a estratégia de se fingir perseguido pelos gays e que eles são os responsáveis por toda esta celeuma.

A história mostra exemplos péssimos desta tática.

Os  judeus, como ilustração,  em muitos séculos conheceram bem a fundo este discurso que Feliciano agora quer fazer para os LGBTs.

Escolher um bode expiatório para esconder suas reais intenções.

Apenas um paradoxo: todos que usaram deste recurso de escolher uma minoria como vilã sempre estiveram do lado oposto dos direitos humanos.

Pensem nisto!

Eu nunca me manifestei  contra qualquer Religião. Não funciono assim. Respeito todo tipo de manifestação, seja ela a origem que for.

Só não silencio diante de safadezas como a praticada por esse senhor dito pastor de uma igreja, flagrantemente pego extorquindo fieis.

A tática de Marco Feliciano (PSC-SP),  e de sua trupe fundamentalista,  é que toda a movimentação popular contra a sua nomeação para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias é uma luta entre religião e os homossexuais.

Um vídeo mostrando o pastor detonando a Igreja Católica como “religião morta e fajuta” -, desmonta seu discurso.