Em entrevista a um jornal de Redenção, o vice-prefeito daquele município, Gervásio Camilo, sinaliza claramente que decidiu peitar o titular do cargo, Wagner Fontes, fazendo denúncias e pedindo a presença da Polícia Federal e Ministérios Públicos no interior da prefeitura, para fiscalizarem oq eu ele considera “fortes suspeitas de má aplicação de recursos públicos.”

Na entrevista ao jornal “O Trabuco, o advogado e vice-prefeito relaciona convênios e aplicações de recursos suspeitas.

O blog reproduz, hoje e amanhã, trechos da entrevista de Gervásio Camilo.

 

Compromissos de campanha:

Cujas casas estão prontas há mais de 90 dias, mas a Prefeitura ainda não as entregou à população carente. Naturalmente, o Prefeito está aguardando a proximidade do período eleitoral para barganhar politicamente a entrega das mesmas.

Os demais compromissos (assumidos durante a campanha de 2008), considerando aproximar-se o período chuvoso, certamente não serão cumpridos. O que pode acontecer a partir de agora é a prática da política rasteira, sem responsabilidade, visando apenas à reeleição. Devido seu alto índice de rejeição, para tentar a reeleição, o mesmo deverá utilizar toda a máquina administrativa para tirar proveito político das pessoas mais necessitadas, pois são as que mais sofrem com a ausência do Poder Público Municipal. Redenção precisa de Prefeito que trabalhe e defende seu povo durante quatro anos, e não só no fim do mandato para se reeleger.

As divergências entre o vice-prefeito e o titular:

Não há pendência específica. Existe total diferença na maneira de pensar e administrar a coisa pública, que não pertence nem a ele ou a mim. Pertence ao povo. Por isto, tem que haver honestidade, competência, transparência e zelo na aplicação do dinheiro do cidadão. É o que penso. É o que faço e faria. O que, infelizmente, não é o que pensa e nem faz o Prefeito de Redenção.

 

Obras não realizadas até agora:

Todos sabem que o aeroporto de Redenção precisa de melhorias, iluminação, ampliação da pista etc., pois bem, alguns empresários locais colocaram-se à disposição para ajudar o projeto sair do papel e fizeram uma proposta irrecusável para a Prefeitura e dividiriam as despesas. Porém, para a infelicidade da população de Redenção, os empresários continuaram com a palavra dada, mas o Prefeito Wagner Fontes não disponibilizou a contrapartida do município. Com isto, perdemos a parceria. Resultado: Redenção continua ilhada no sul do Pará por conta da inoperância administrativa do prefeito da cidade. A empresa Sete Linhas Aéreas já havia, inclusive, definido aeronaves e rotas que passariam por Redenção. Por falta de voos comerciais diários, principalmente para Brasília e Goiânia, a Buritis Empreendimentos, empresa de grande porte, está transferindo para Palmas o seu escritório central. Outro exemplo: A presença do Frigorífico na Cidade e os benefícios que ele gera: 600 empregos diretos e 1800 empregos indiretos, além de fazer a economia girar dentro de Redenção. Pois bem, devido uma amizade de mais de 38 anos com o Presidente da JBS (Frigorífico) consegui outra parceria para que a avenida Rosa Lima de Almeida, que dá acesso ao Frigorífico fosse revitalizada. Os empresários do frigorífico iriam patrocinar parte significativa da recuperação da avenida, da Araguaia ao setor Central Parque, saída para Nova Esperança. Porém, mais uma vez, devido à total indiferença do prefeito Wagner Fontes com questões fundamentais, a parceria com o setor privado foi novamente perdida e a população deixou de se beneficiar com a pavimentação de uma importante avenida. O que é pior, o frigorífico está temporariamente fechado e há boatos de que esse fechamento seja definitivo, o que acarretará inúmeros desempregos na Cidade. Motivo principal: a falta de acesso ao seu parque industrial. Sinceramente, não dá para entender como um gestor que reclama que não tem recursos para aplicar devido a uma série de dívidas pode abrir mão de parcerias que só trazem benefícios ao povo e reduzem significativamente os custos suportados pelos cofres públicos.

Licitações na prefeitura:

 

O processo licitatório em Redenção é verdadeiro caso de polícia. O que está acontecendo em Redenção é pior do que se imagina. Para fazer-se uma licitação, p o r f o r ç a d a Constituição Federal e da Lei 8.666/2003, exige os seguintes requisitos, sob pena de nulidade do ato: moralidade; publicidade; habilitação jurídica; qualificação técnica; qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal. Macular uma licitação é a coisa mais grave da administração pública. É através dela que se aplica bem ou mal o dinheiro público. Em Redenção, hoje, estes requisitos básicos são desprezados.

As empresas contratadas para construir, reformar ou ampliar obras em Redenção na gestão do Prefeito atual, não dispõem de capital social compatível, não tem quadro de pessoal suficiente registrado, não tem qualidade técnica e não tem regularidade fiscal, o que é um absurdo. Tudo isto à luz de todos.

(Na prefeitura de Redenção ) A moralidade pública é questionável; publicidade só há da pessoa física do Prefeito, através da sua Televisão e Rádio, paga com dinheiro do povo, pois diuturnamente são veiculadas verdadeiras propagandas eleitorais do prefeito Wagner Fontes em detrimento da publicidade institucional da  prefeitura de Redenção. O Prefeito precisa entender que quem faz as obras e presta os serviços à sociedade é o município e não o prefeito, esse é o objetivo básico do princípio da impessoalidade, tão elementar na administração
pública. Pelo contrário, o que se vê é uma propaganda eleitoral antecipada por parte do prefeito e paga com o dinheiro público, com um agravante, a propaganda televisiva da prefeitura de Redenção é quase que exclusivamente veiculada na emissora do próprio prefeito, TV Record de Redenção, isso significa que mais um princípio básico da administração pública está sendo desrespeitado, o princípio da moralidade. A habilitação jurídica é montada.

Faz-se licitação em 2011 para cobrir despesas de 2009; a qualificação técnica é vergonhosa, para não dizer imoral. Vejam a qualidade das obras: a cobertura da arquibancada do estádio Serrinha veio ao chão antes mesmo da reinauguração. Por último, parte da Escola Carlos Ribeiro (escola dita como modelo) anexa ao Estádio Serrinha desabou colocando em risco seus alunos, mostrando ausência de qualificação técnica da empresa responsável pela obra; a bagunça que fizeram na obra de macro-drenagem do córrego que corta a Av. Oscar Thompson; sem falar no asfalto mingau aplicado por aí, principalmente o da Rua Araguaia entre as Avenidas Brasil e Av. Araguaia, no Setor Alto Paraná. Derreteu na primeira chuva, causando transtornos com seus atoleiros A macro drenagem é outra obra que pela falta de honestidade do prefeito Wagner Fontes não saiu, e Redenção mais uma vez perdeu, foi R$ 3.800.000,00 que o prefeito JPC deixou na conta e a que Wagner  Fontes perde.

Analisando os extratos dos Contratos licitados você verá que 90% das Empresas vencedoras não dispõem de qualidade técnica nem suporte financeiro. Trata-se de Micro Empresas, beneficiadas pela legislação federal a uma tributação com alíquotas menores. Esta modalidade de empresa não pode atingir um faturamento fiscal anual s u p e r i o r a R $ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), entretanto, esta vedação é totalmente desrespeitada pela atual a d m i n i s t r a ç ã o d e Redenção. Veja só dois exemplos em apenas dois Contratos: A empresa SANTOS SOARES COMÉRCIO D E P R O D U T O S FARMACÊUTICOS LTDA – ME, com C N P J : 04.860.742/0001-48, através do Processo Licitatório n . 002/20011, modalidade pregão presencial n. 001/2011 foi contratada a fornecer Medicamentos hospitalar no valor de R$ 4.718.205,00 (quatro milhões, setecentos e dezoito mil e duzentos e cinco reais) e a empresa VITÓRIA INFORMÁTICA LTDA-ME, com CNPJ n. 07.517.629/0001-52, foi contratada para no exercício 2009/2010/2011 para fornecer materiais de informática e expediente pelo valor de 2.438.000,00 (Dois milhões, quatrocentos e trinta e oito mil reais).

 

(Continua na edição de sexta-feira, 7)