O governo do Estado acaba de anunciar rígida contenção de despesas, o que é necessário, diante da grave situação de desequilíbrio nas contas do Estado.

Nesta circunstância, permito-me sublinhar a impertinência da contratação acima anunciada: seria de maior proveito destinar o R$ 1 milhão a despesas mais prementes, como, por exemplo, colocar para funcionar algumas cadeiras de hemodiálise que estão encaixotadas em hospitais estaduais.

Não são estudos do Ipea que irão arrefecer o ânimo de quem deseja a divisão, mesmo porque, a cada estudo que apresenta dados desfavoráveis a esta, é possível apresentar estudos que revelam dados aconselháveis para que ela se efetive: eu já assisti esta película em mais de uma versão.

Se o governo deseja agir “de forma proativa” nas áreas que patrocinam a querela, não necessitaria pagar R$ 1 milhão para isto: bastaria começar a agir.

Ao cabo, este movimento que vai e vem em soluços regurgitantes só cessará quando se realizar aquilo que a Constituição da República garante, e que, aliás, foi a forma, no gênero, pela qual todos nós, com mandato, chegamos ao poder: consulta popular, neste caso, o plebiscito.

Parte do post Despesa Impertinente, publicado no Parsifal Pontes.