Os ataques raivosos e sem nenhuma comprovação de veracidade assacados contra o presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco do Estado do Pará, na coxia reservada aos comentaristas, trazem nova  manifestação de Charles Alcântara.

Enfrentando portentosos inimigos anônimos, baseados em pontos estratégicos da Sefa em todo o Estado, Charles não se furta ao bom combate, sempre em respeito aos leitores do signatário deste blog – prestando esclarecimentos pontuais e que servem para a sociedade paraense compreender o quanto é difícil acabar com o desvio de funções dentro de órgãos públicos e, por conseguinte, à malversação de recursos dos contribuintes.

Provocado em dois posts (Aqui e   Aqui), Charles Alcântara desbasta, uma a uma,  acusações anônimas, em respeitoso emeio enviado ao pôster.

Chama atenção revelador trecho da mensagem no qual Alcântara traz  a conhecimento público ação ajuizada contra o Estado por um motorista da SEFA pleiteando  R$1 milhão, “a título de diferença salarial, sob a alegação de que teria ele exercido a fiscalização”.

Fato mostra o quanto a esculhambação corre solta.

Vamos ao que ele diz:

 

 

Estimado Hiroshi,

Pelo menos por enquanto, como podes ver, nenhum dos ataques, embora ensandecidos, lança-me a pecha de corrupto.

Menos mal.

Em toda a minha história na SEFA eu fui lotado em poucos lugares: cumpri estágio na Agência Ananindeua (BR-316), depois fui lotado no Grupo de Substituição Tributária (o embrião da, hoje, Coordenação Especial de Substituição Tributária), em seguida assumi a função de Coordenador de Procedimentos Fiscais (vinculada à Diretoria de Fiscalização), momento seguinte assumi a função de Delegado da Fazenda Estadual da 2ª Região Fiscal (sede em Castanhal), depois fui lotado no Itinga.

Em nenhum momento de minha vida na SEFA fui lotado no Posto Fiscal “Carne de Sol”, embora conheça aquela unidade fiscal, como conheço boa parte das unidades fiscais da SEFA e sou conhecedor da precariedade, funcional e material, que acomete a maioria delas.

A minha mulher, servidora de carreira da SEFA (Fiscal de Receitas), bacharel em economia e em direito, está cedida ao Ministério Público desde novembro de 2008, a convite do então Procurador Geral de Justiça, Dr.. Geraldo Rocha, e não por meu intermédio, eis que eu deixei o governo Ana Júlia 7 meses antes (em abril de 2008).

A propósito, as condições em que deixei o governo, incompatibilizado, por si só afastam qualquer influência política de minha parte na condução de minha esposa ao MPE, onde trabalha, TODOS OS DIAS, inclusive com registro de cartão de ponto.

Quanto ao salário de minha mulher, ganho com honestidade, pois é fruto de trabalho honrado, honesto e de elevada responsabilidade, equipara-se, hoje, à remuneração de um Fiscal de Receitas Estaduais, com 21 anos de serviço público, como é o seu caso.

Vale destacar, por necessário, que a minha mulher não recebe, como acontece em muitos casos, por duas fontes (SEFA e MPE). Tampouco a minha mulher é funcionária fantasma, como acontece com repugnante frequência, tampouco, ainda, reforça o nosso orçamento doméstico com propina, “acertos” ou achaques.

Não sei se os anônimos raivosos podem dizer o mesmo de si. Talvez até o façam, mas anonimamente, pois se se revelarem possam ser desmentidos e desmascarados.

Hiroshi, há um motorista na SEFA que ajuizou uma ação contra o Estado exigindo uma indenização de R$1 milhão, a título de diferença salarial, sob a alegação de que teria ele exercido a fiscalização e que, por essa razão, alega fazer jus à diferença salarial existente entre o seu cargo – motorista – e o cargo de fiscal.

E ainda há anônimos, quem sabe na mesma situação do motorista, que cinicamente sustentam não haver desvio e usurpação de função na SEFA.

A batalha é difícil, Hiroshi; os interesses contrariados são influentes; há “milhares” de motivos para tantos ataques a mim.

Mas prosseguiremos denunciando e lutando contra essa mazela, que tanto prejudica o Estado e o interesse público.

Há milhares de cidadãos e cidadãs que estão à espera de oportunidade de ingressar no serviço público, seja na SEFA ou em qualquer outro órgão público, municipal, estadual ou federal, pela única via democrática, ética e constitucional, que é o concurso público.

É pelo que luta o Sindifisco, ainda que isto contrarie os que se beneficiam da situação tal como está.

Mas não é justo que assim permaneça.

É preciso mudar!

Um cordial abraço,

Charles Alcantara

P.S. Mais uma vez respondi às injúrias, não por qualquer consideração aos raivosos anônimos – que não dignos desse merecimento -, mas em respeito aos teus leitores, além do que, como servidor e pessoa pública, sinto-me obrigado a prestar contas do que faço em minha vida pública.