Como sempre, o blog sai na frente.

Vamos, agora, levar ao distinto público decisão interna da Secretaria da Fazenda do Estado do Pará, que deverá fazer uma revolução nos procedimentos das unidades fiscais de fronteira, na luta constante para tentar acabar com o desvio de função  detectado em alguns setores do órgão, principalmente naquelas unidades.

Poster reproduz, a seguir, o teor de mensagem encaminhada pelo Coordenador Fazendário, Célio Cal Monteiro, ,a todos os sete coordenadores de CECOMT (as unidades fiscais de fronteira) do Estado, determinando a desativação de senhas e a possibilidade do fechamento de unidades fiscais na eventualidade de a exclusão dos servidores em desvio de função implicar falência da estrutura administrativa.

Altamente sigiloso, documento está causando maior reboliço nas unidades de fiscalização do órgão, e foi enviado à redação do blog por fonte altamente confiável, da própria SEFA.

Leiam:

 

 

“Senhores Coordenadores,

“Com o objetivo de padronizar os acessos ao sistema SIAT desta SEFA bem como impossibilitar o DESVIO DE FUNÇÃO, através do acesso a módulos privativos do servidor do grupo TAF, foi realizada a exclusão de diversos acessos bem como inclusão de outros compatíveis com as funções e atividades executadas pelos servidores do grupo de apoio.

“Desta feita, procedimentos antes com possibilidade de atribuição a servidores do grupo de apoio hoje somente poderão ser executados nos terminais logados por servidores TAF dada a competencia deste.

“Destacamos, no presente, o já indicado na última reunião de Coordenadores de Fronteira – Caso não haja possibilidade de funcionamento de uma determinada unidade fiscal ou mesmo de um determinado turno desta, a mesma deverá ser fechada e esta situação informada ao Exm. Sr. Secretário da Fazenda, com as circunstâncias de fato.

“Atenciosamente,

“Célio Cal Monteiro
“Coordenador Fazendário”

 

 

A mensagem foi enviada no dia 29 de setembro e, para quem não sabe, Célio Cal, coordenador da CECOMT Belém, é uma espécie de coordenação geral das demais coordenadorias.

A mensagem revela, ao fim e ao cabo:

1- Que as medidas do Ministério Público, provocadas pela representação do Sindifisco, começaram a surtir efeito ( reproduzidas aqui no blog em três ocasiões:     Aqui. Aqui. Aqui. );

2- Que o desvio de função é real e, agora, confesso. E o que é pior: que vem sendo permitido por quem deveria combatê-lo, pois fica claro que havia servidores em desvio de função portando senha de acesso ao sistema da SEFA com status privativo de auditores e fiscais.

3- Que a Sefa decidiu enfrentar o grave desvio: Célio Cal não agiria de moto próprio, mas orientado pelo secretário José Tostes, entusiasta da extinção dos fiscais encostados e ilegais, que existem em detrimento do concurso público e da valorização do Grupo TAF ético e arrecadador para o Estado.

NB (2) – O grifo é do poster