Ao ser indagado agora há pouco, por telefone,  sobre a passeata marcada para o dia 28 de junho, em Marabá, João Salame disse que estará presente ao ato.

“Quem tem medo da voz das ruas não está comprometido com as mudanças que a população tanto pede. Eu sou produto de uma geração que lutou muito pelas liberdades, que enfrentou os rigores de uma ditadura e que sabe a importância, para a democracia, de ver tantos jovens nas ruas pedindo para o país mudar. Por isso, manifesto minha total aprovação ao ato do dia 28,  com a certeza de que estarei no meio da rua, não como prefeito, nem como representante de partido político, mas exercendo minha cidadania, ao lado dos manifestantes”.

Prefeito aproveitou para registrar sua empolgação com todas as passeatas realizadas, até agora.

“Nas imagens mostradas pela televisão e no mural de uma rede social, li algo que muito me emocionou. Um jovem de uns 17 anos, portando um cartaz: “Mamãe, não sei a hora que volto pra jantar. Estou na rua ajudando a mudar o Brasil”. A mensagem tem uma dimensão extraordinária, revigora quem, como eu, sonha em dar a sua contribuição para proceder mudanças e, mais soberano, tem como única arma o cartaz na mão, cheio de humor, levando mensagem de paz e esperança – embora no meio de tanta gente bonita e sonhadora, exista uma minoria que tenta partidarizar o movimento e usa a violência”,  disse.

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Atualização às 18:50

 

João Salame considera, também, salutar, diante das motivações que têm empurrado para o meio das ruas milhares de brasileiros, incluir na pauta de protestos a cobrança por reformas estruturais na política do país.

“Se não incluirmos a reforma política nesse brado do povo, jamais conseguiremos mudar o país como a população realmente deseja”, diz o prefeito.

“As questões pontuais, como tarifa de passagem de ônibus, segurança pública, saúde digna para a população, entre tantos temas arrolados, são necessárias, até para vitaminar a participação em massa da população. Mas  redesenhar a maneira de se fazer política neste país, para mim, é o ponto principal. Essa reforma é o  princípio das demais mudanças”, finalizou Salame.