Na cabeceira da mesa, Simão Jatene.

Em suas laterais, os deputados João Salame (PPS)  e José Megale (PSDB), além da suplente de senador, Bia Cardosa, esposa de João Salame.

O papo estendeu-se por quase duas horas.

Jatene falou uns 20 minutos, sem parar.

Fez longa exposição sobre o projeto do Parque Temático a ser construído, em Belém.Tocou na questão do plebiscito, fazendo reclamações da volúpia do discurso divisionista, sempre considerando que o tema poderia ter sido levado sem ser objeto da xenofobia e do tom virulento que o caracterizou.

Registrou também as expectativas de seu governo, principalmente em relação às obras programadas para o Sul do Estado.

João Salame endereçou a  responsabilidade pelo confronto à campanha do Não, ao atiçar sentimentos de reação discriminando a população sulparaense, classificando-a  de “forasteira”. Também registrou falhas na campanha do Sim, confessando o erro da configuração do recorte  e mapa geográfico da divisão. “O senhor, governador, deveria ter nos ajudado a repensar o mapa”, disse-lhe o deputado.

Salame garantiu ao blog ter ratificado sua posição assumida no plebiscito, mantendo sua posição favorável à divisão do Estado como forma de arrecadar mais recursos para melhorar a qualidade de vida das populações.

“Conversamos  também sobre nossas relações pessoais”. Nelas, conta, , existem vários momentos de atrito, mas sem que ele, deputado, tenha alguma culpa – citando  sua ligação ao grupo do PSDB desde á época em que Haroldo Bezerra era prefeito de Marabá, portanto, com mais de 20 anos nos costados.  “Já briguei com muita gente, por causa disso, e a postura que o governo mantém atualmente comigo, não é correta”, teria dito Salame.

O parlamentar ratificou ao governador ser um político de ideias.

“Não estou tendo espaço no governo, mas isso não quer dizer que minha vinda aqui seja para  pedir alguma coisa, nem que isso vá significar alguma mudança em minha postura política.  Se puder ajudar o governo, vou ajudar. Se achar que  também não dá mais para continuarmos juntos,  não tem problema”.

Salame  disse a Jatene que ambos estarão em  palanques diferentes, na eleição de outubro. “O senhor vai apoiar o Tião Miranda -, e eu estou cada vez mais convencido de que serei candidato a prefeito de Marabá”.

O governador, nesse momento, ratificou seu compromisso com a candidatura de Sebastião Miranda.

Para que não haja distorções do verdadeiro objetivo do encontro do governador com o deputado marabaense, Salame garante: “tivemos uma reunião republicana, onde não houve nada de toma lá dá cá, ninguém  pediu nada a ninguém. Foi  reunião para abrir canal de dialogo.

Resumindo, nas palavras de Salame, seria tipo “vamos assinar  um armistício, não vamos ficar nos agredindo. Vamos dialogar na medida em que houver necessidade de dialogar”.