A competente Bel Mesquita (PMDB) sugere uma “revolução na educação” como único caminho para a Amazônia conseguir superar a desvantagem competitiva que a separa de regiões mais desenvolvidas. Alguns dados pinçados da fala de Bel:

1- Com muito esforço, o Pará atingirá a média do PIB nacional de 2004 somente em 2050, um atraso de quatro décadas. “Sem objetivos concretos e ações bem definidas, não conseguiremos promover a arrancada que possibilite à Amazônia compensar o tempo perdido, vencer a longa distância que a separa de outras regiões do Brasil”, disse.

2- A solução é partir para promover a revolução educacional, fazendo a escola chegar ao aluno. No Pará -, impressionante, mas verdadeiro -, ainda faltam escolas para atender à demanda. “As que temos distam quilômetros de algumas comunidades. Nossas crianças atravessam rios e caminham horas para poder estudar em escolas que não têm livros e nem energia elétrica”.

3- Bel Mesquita é favorável às causas ecológicas e de preservação da natureza, mas defende que isso não pode ser feito de maneira que prejudique o homem e em detrimento da sociedade. “A Amazônia não é apenas bioma, floresta, uma grande área verde a cobrir quase metade do mapa do Brasil: é, também, população, gente, milhões de mulheres e de homens que ali querem viver e trabalhar”.

4- Ela acredita que o desenvolvimento da Amazônia é uma questão de vontade e decisão política, e que as riquezas da região não podem ser empecilho para o seu crescimento.
Não pode haver desenvolvimento sem educação, progresso sem cultura e prosperidade sem conhecimento”, ensina.