Êpa! Concessão de incentivos à Vale?
Sinceramente, esse tipo de assunto não deveria  fazer mais parte das negociações com a mineradora, toda vez que ela avança para implantar novo projeto.

É o que a empresa está pleiteando à prefeitura de Marabá, redução de 5 para 2 % do ISS.

E pelo que se lê na entrevista do presidente do Sindicato do Comércio de Marabá ( Sindicom), Paulo Lopes,ao jornal Opinião, a mobilização da mineradora para ganhar apoio de setores representativos do município, já têm aliados.

Lopes diz que “nenhuma empresa investe em Marabá sem incentivo fiscal, ainda mais se tratando da Vale, que vai verticalizar produtos na região”.

Discurso antigo, incompatível com a realidade.

Exatamente por estar disposta a investir na verticalização, é que a Vale agregará valor aos produtos. E engordará muito mais seus balanços anuais.

A transformação de Marabá em pólo industrial não quer dizer que todos os males locais serão exorcizados.

Muito pelo contrário.

Os três núcleos populacionais, por abrigarem grandes favelões, continuarão a receber pesada carga humana, vindos de todos os lugares, com suas consequências conhecidas.

O ISS é o principal tributo municipal gerenciado na boca do caixa pela prefeitura. Reduzir três pontos percentuais da alíquota, como forma de “incentivar” a Vale a implantar a Alpa e o Projeto Aline, fará muita falta, em futuro próximo.

E o maior “incentivo” já foi concedido à mineradora: o direito perpétuo de explorar as riquezas do subsolo paraense sem que até agora suas comunidades tenham usufruído o mínimo de qualidade de vida.

O blog declara aberta campanha contra a redução de três pontos percentuais dos 5% de ISS a que Marabá tem direito em qualquer transação na área de serviço, recomendando à prefeitura escalar interlocutores credenciados, e com o mínimo de profissionalismo, para negociar esse babado com os executivos da Vale.