Quebrou pau a primeira reunião itinerante da Assembleia Legislativa, agora há pouco, em Marabá.

Tudo começou quando o deputado Tião Miranda (PTB), no afã de subir a bola do governo do Estado, usou a tribuna para denunciar, segundo ele,  a inexistência de obras do governo federal em Marabá.

A bancada de oposição, unida, desceu a ripa.

Houve gritos de protestos e o clima pesou, com algazarra se formando naquela sessão que seria de origem “histórica”, segundo os organizadores do deslocamento do parlamento.

Deputado estadual Carlos Bordalo (PT), aos berros, foi à frente das cadeiras dos parlamentares, brandando os braços em direção a Tião Miranda:

 

Mais tarde, quando eu for falar, vou acabar contigo, Tião. Vou acabar contigo! Como tens a desfaçatez  de falar isso?  Só quem investe aqui na região é o governo federal, é o governo federal!

Como o objetivo da sessão itinerante era unir parlamento e comunidades em torno de lutas por bandeiras históricas, entre elas, Alpa, hidrovia, pavimentação da Transamazônica e obras do governo estadual para os municípios, o pronunciamento infeliz de Tião Miranda entornou o caldo.

O clima, agora, é de total agressividade, aguardando-se, para esta tarde, grande emoções, já que o discurso de Carlos Bordalo passou a ser a pauta principal da sessão vespertina.

Outros que também desafinaram em seus pronunciamento, a deputada estadual Tetê Santos e o prefeito de São Domingo, Pedro Paraná, porta-vozes de falas agressivas ao governo federal, e de oba-oba ao governo estadual.

Maioria dos parlamentares estaduais lamentou a partidarização da sessão, considerando que o objetivo da reunião era outro.