Grupo de ex-comissionados, grande maioria que nada fazia na administração Maurino Magalhães, a não ser embolsar recursos públicos sem enfiar um prego em barra de sabão, engatou uma pressão nas dependências do Legislativo, prometendo retornar nesta quarta-feira em ato de protesto, exigindo que a prefeitura pague seus salários que o próprio Maurino deixou de quitar.
A pressão desta terça-feira, 9, não surtiu o efeito esperado pela galera, isto porque os vereadores presentes resistiram aos apelos para apoiar movimento que obrigue a prefeitura a pagar, ainda neste mês de julho, os proventos do calote promovido pela gestão anterior.
Os parlamentares têm consciência de que essa demanda de comissionados não deve merecer prioridades, em tempos de finanças pré-falimentar herdadas pela administração atual.
Pior: demanda originária de um setor que, de alguma forma, deu sua contribuição para o município encontrar-se na atual situação
Como o prefeito João Salame já havia acordado que esses salários atrasados na gestão anterior começariam a ser pagos em julho, embora a maioria dos postulantes não o fizesse jus -, e a Justiça bloqueou mais de R$ 6 milhões para o pagamento de pensão a ex-prefeitos e parte de indenização do KM 7, também não quitados na gestão de Maurino, obrigando o Executivo a suspender a deliberação dos atrasados, os DAS de Maurino decidiram peitar o prefeito, através da Câmara Municipal, depois que o prefeito adiou para agosto o tal pagamento.
Não obstante os parlamentares estejam imbuídos em dar sustentação às medidas duras do Executivo, para vencer os vendavais herdados, decididamente, é preciso demonstrar aos comissionados, com mais firmeza e determinação, que o município não pode, jamais, contemporizar com demandas que venham tornar mais delicada a situação financeira da prefeitura, na luta para superar suas dificuldades.
Não podemos deixar de registrar a determinação com a qual o prefeito vem gerindo as ações municipais, sempre focando a arrumação das contas públicas e o direcionamento correto de aplicação dos recursos públicos.
Salame não pensou duas vezes quando determinou a prisão de dois funcionários que praticavam irregularidades na condução do serviço público.
Decidiu, com coragem e altivez, assinar ato de cancelamento da pensão de ex-prefeitos, aposentadoria ilegal que consumia, mensalmente, cerca de R$ 70 mil para o benefício de apenas onze pessoas.
Agiu com a responsabilidade de quem recebeu os votos de sua população para exatamente fazer o que fez: cortar na carne, doesse a quem doesse, um mal que vinha corroendo as contas públicos havia mais de vinte anos, sem que nenhum prefeito tivesse a coragem de cancelar uma imoralidade que tantos prejuízos já causou ao erário.
E, diga-se, com a agravante de detonar interesses de próprios familiares.
Registre-se, mais, o empenho com que vem perseguindo a arrumação das contas públicos sem dar o cano nos servidores públicos realmente comprometidos com suas funções.
Não está sendo fácil para a prefeitura colocar em dia o salário dos concursados, em todos os níveis, que fecharam o ano de 2012 sofrendo a amargura da soma de quatro meses em atraso, incluindo aí o décimo-terceiro.
Não está sendo factível o cumprimento do planejamento, dentro de prazos aventados, para retirar do CAUC as restrições impostas ao CNPJ da prefeitura, o maior nó dado na atual gestão público para acesso aos recursos disponibilizados em Brasília – tudo porque a cada dia uma nova bomba explode, atravancando a programação de obras elaboradas.
A partir do momento no qual Salame tornou público seu compromisso de pagar até os comissionados do Maurino (sim, até eles!), o gesto, por si, já basta para medir o comprometimento do prefeito com atos que ele poderia muito bom jogar na lata de lixo, já que não foram construídos por ele, considerando, mais ainda, que grande parte dessa galera atuou na linha de frente dos desmando que deixarão Marabá engessado por muitos anos.
No meio dessa galera que hoje “exige” o pagamento de seus atrasados, agora, já, tem gente que assinou atos geradores de desvio de recursos públicos, alimentadores de licitações fraudulentas, e outras mumunhas mais.
Claro, há as exceções. Há uma minoria que cumpriu suas tarefas a contento, aparecendo regularmente no emprego – e, talvez, seja por esta minoria que o prefeito decidiu pagar o calote.
Nada mais louvável, portanto, saudar a decisão do prefeito de baixar ato exigindo que cada comissionado que hoje “protesta” pelo pagamento de seus salários atrasados, oficialize pedido de pagamento do que dizem ser seus direitos, através de requerimento encaminhado ao Gabinete do Prefeito.
Pronto!
Beleza!
Teremos agora o Raio X desse desenho de faz-de-conta.
Saberemos quem é quem.
Onde atuavam no governo passado, se realmente compareciam para trabalhar.
O poster abre bolsa de apostas para a descoberta de um manancial de “fantasmas”.
O prefeito, com esse ato, mais uma vez trás à público seu comprometimento com a verdade e com o zelo pela causa pública.
Os vereadores precisam, também, firmar posição, sabendo que a população estará apoiando tal atitude, independente de perdas eventuais de “simpatizantes”.
Arriar as calças diante de qualquer gritinho zombeteiro, acreditem, não é o melhor caminho para se fazer de Marabá a cidade do futuro que tanto sonhamos.
Pilantragem
16 de julho de 2013 - 09:32Esse Hiroshi..
Tô com ele e não abro. É uma vergonha essa racinha querer levar do meu, do nosso, do seu imposto, essa vergonha de receber por conta de uma pálida passagem pelo executivo marabaense. Sem vergonhas, isso sim. Outra coisa, São Hiroshi, tem um tal de Disney, que foi a sombra de um secretário de educação, que se aposentou com mais de 12 mil reais, por mês. O queé que esse pilantra fez para merecer esse dinheiro? Qual a contribuição para a educação dos nossos jovens esse salafra deu para merecer essa indenização?
Vamos investiga isso Hiroshi. Agulhe o Ministério Público para ir atrás dessa pouca vergonha. Isso não pode acontecer.
Obrigado,
Pereira.
Noe Oliveira
11 de julho de 2013 - 12:09Hiroshi Bogéa, Eu tenho absoluta certeza que faço parte dessa minoria que cumpriu suas tarefas a contento, aparecendo regularmente no emprego. Trabalhei na SDU no Setor de Alvará de Construção, Certidão de Habite-se, Averbação de imóvel e outros. Sempre chegava antes das 8h e saía entre 15h, 18h. O povo é testemunha do trabalho que eu prestava, sempre com atenção e compromisso. Nunca fui cobrar um centavo do prefeito. Pena que existe funcionário que apenas recebia salário, isso é verdade, conheci vários deles. Tem muito concursado que finge que trabalham para a prefeitura, eles tem até procuração de empresa particular dando poderes para agir dentro dos órgãos públicos.
Anônimo
10 de julho de 2013 - 12:15Vamos continuar fiscalizando e cobrando do prefeito uma posição dura para com aqueles que querem continuar na moita só recebendo da prefeitura sem contribuir em nada, o prefeito não tem que se dobrar para paressão dos vereadores, eles que cobrem do Maurino que é o grande responsavel pelo desmando que Marabá estava sofrendo.
Aurismar L. Queiroz
9 de julho de 2013 - 21:28Caro Hiroshi, no começo desse ano tive a oportunidade de, enquanto Conselheiro do Fundeb em Marabá, realizar junto com meus colegas, professor Lucimar Tavares, Cristina Arcanjo e professora Alda, auditoria na gorda folha de dezembro/2012. Encontramos inúmeros indícios de irregularidades. Entre elas, dois ex-poderosos da Semed recebendo gratificação por participação em comissão em período retroativo no qual o dito cujo estava candidato a vereador, pode? em dezembro os dois receberam mais de 20 mil reais. Se o conselho do Fundeb não tivesse feito a audiência, eles iriam embolsar a grana e ninguém nunca iria ficar sabendo. Resultado, vão devolver, em parcelas suaves, mas vão devolver. Não vou falar muito porque esse assunto já me rendeu do Juizado Especial Criminal uma pena de 60 horas de serviços comunitários, a qual estou pagando nesse mês que deveria estar gozando de minhas férias. São esses mesmos caras-de-pau, na sua grande maioria, que estão a frente desse movimento, seria bom oferecer um óleo de peroba para cada um deles.
Aurismar, essa turminha estribucha porque sabe que a mamata acabou, disso não há dúvidas. Agora, querer colocar os vereadores na parede para que estes pressionem a prefeitura a pagar, o mais rápido possível, o que o Maurino não fez, é de uma picaretagem sem tamanho.