Filha de Hiroshi e Terezinha Yamada, acionistas do maior conglomerado de lojas de departamento do Estado, o Grupo Yamada, a empresária Márcia Yamada não revela nenhum trejeito de desprezo pelas causas sociais quase sempre perenizado pela elite paraense. Ao contrário, seu lado participativo é exposto na decisão de criar, no Facebook, o grupo “Tolerância Zero – Por uma Belém Melhor de se Viver”, espaço dedicado à discussão dos problemas que afligem a capital.
Ao lançar a proposta na rede social, Márcia delimita com clareza a disposição de não permitir, corretamente, a politização partidária do grupo:
Informo a quem interessar possa que NÃO TENHO PARTIDO POLÍTICO, tenho AMIGOS que ESTÃO POLÍTICOS DOS MAIS VARIADOS PARTIDOS E IDEOLOGIAS… Acho um nojo quem de suas ideologias motivo para perseguir, pra se odiar, prejudicar,maltratar ou magoar outras pessoas.
Dito isto me sinto muito a vontade pra falar que nossa cidade e porque não nosso Estado está afundando na violência, na imundice, na falta de respeito, na falta de educação do povo, na falta de orientação no trânsito (que só coloca fiscalização pra multar e fazer caixa),na manutenção de nossas ruas.
E arremata, em outro post, o objetivo único da assinatura do grupo:
Marcia Yamada
Este grupo foi criado em um momento de intolerância total com o caos que Belém minha cidade, está passando em vários sentidos : Segurança, coleta de lixo, manutenção de ruas, educação, saúde, cultura. Convidem seus amigos publique, suas denúncias, fotos, indignações para ver se juntos mudamos esta triste realidade que estamos vivendo! Por amor a Belém, por amor ao Estado do Pará.
Em poucas horas de criado, o canal já tinha quase 300 membros, cujos participantes opinam e até denunciam situações inusitadas, como a imagem de um carro da Ctbel – órgão municipal encarregado de gerir o trânsito de Belém -, estacionado em local proibido:
A importância de Márcia Yamada administrando um grupo de debates numa rede social é o peso que o seu nome carrega como avalizador da participação cidadã. Ou seja, enquanto a maioria das personalidades que orbitam o cume da pirâmide social belemita prefere gerenciar suas omissões, a jovem empresária coloca a mão na massa e vai à luta.
Gesto que deveria muito bem ser imitado por outros belenenses proeminentes.
Para conhecer melhor a personalidade de Márcia, há uma interessante entrevista que ela concedeu ao poeta Ronaldo Franco, revelando sue lado mãe, filha e de mulher que tem consciência de sua obrigação de lutar por dias melhores para todos.
Abaixo, pequeno trecho da entrevista, que também pode ser lida em sua integralidade, AQUI.
Ronaldo Franco : É possível farejar uma mentira “sincera”?
Márcia: Meu faro é incrivelmente treinado, e, diferente do Cazuza, nenhuma mentira me interessa…
Márcia: Como se esta decisão partisse só deles . Há pessoas para tudo no mundo, para namorar, ficar, casar e até pra machões – machistas e burros!
Ronaldo Franco: O que lhe provocaria um dilúvio de saudade?
Márcia: Os meus sábados de “trabalho” com meu pai, quando, de mãos dadas, passeávamos pelo comércio, com parada obrigatória num boteco na esquina da Manoel Barata com a Frutuoso, para tomar uma abacatada ou um caldo de cana com pastel.
CURVINA
26 de janeiro de 2013 - 20:03Somente através da educação,a população vai se conscientizar da importancia de cada um cumprir e executar sua cota de ações que implicarão em ordem social,quem pode e deve fazer algo de imediato são os políticos,que entra ano sai ano,entra mandato e acaba mandato, e nada fazem,ou prá ser bonzinho, fazem muito pouco, e tem outra, 99% da população, não tem essa opção de “pegar sua familia, e ir embora do Pará”,ou seja ,tem que ficar é aqui mesmo, e lutar para que num breve futuro, as coisas melhorem. è muito dificil, muito dificil….
kleny
26 de janeiro de 2013 - 16:32Parabens! Pela a iniciativa, estamos precisando de gente de respeito para discurti assunto importante sobre o Estado. Assuntos não vão faltar mais o que inquieta é a violência. Maldita vilência!
Marcia Yamada
26 de janeiro de 2013 - 10:19Hiroshi bom dia obrigada por seu respeito.Amo meu Estado, amo minha cidade tenho orgulho de ser papa chibé! Mas me sinto hoje incomodada por ter tido frequentemente uma vontade enorme de juntar minha família e abandonar meu chão. A maioria de nós anda aprisionado dentro de nossas casas, com medo de quem anda solto praticando agressões de todos os tipos. Fico triste de ver pessoas esclarecidas, diante de determinadas cenas comentarem : Lamentável, mas é assim em todo o Brasil… Por isto clamo por uma Belém melhor de se viver!
Márcia, sua atitude pública é a prova necessária para que todos se mobilizem em favor do Estado que tanto sonhamos. Belém está ingovernável. Minha família mora na capital e só eu sei as noites que passo em Marabá preocupado com a segurança dela, dos filhos que saem para se divertir – principalmente -, e para o trabalho. Sua atitude deveria ser seguida por esses que acham “ser assim mesmo em todo o Brasil”. Não, não é assim. Não pode ser assim. Não é pra ser assim. Conte comigo, querida.
Filomena Neves
26 de janeiro de 2013 - 09:56Vamos aproveitar esse espaço. Belém precisa desse tipo de união, supra partidária. Belém por Belém.