Durante os últimos dias, no rastro dos preparativos para o comício que está sendo realizado neste momento (20h30), em Marabá, abrindo oficialmente a campanha plebiscitária pela divisão do Estado, alguns integrantes das  frentes que organizam o movimento falaram em reunir cerca de 60 mil pessoas, em frente ao ginásio poliesportivo Renato Veloso.

O poster posta esta nota de seu carro, ao lado do palanque, depois de ter dado um giro no entorno do local escolhido.

Se a Comissão Municipal Pro Carajás dimensionou de forma tão otimista o público, esqueceu-se de que a população de Marabá não é muito chegada a comícios.

Já foi, vinte anos atrás.

Hoje, falar para um pai de família deslocar-se de sua casa para ouvir políticos evangelizando rebanhos -, é perda de tempo.

Os mais  abnegados, vão; a maioria, necas.

Resultado: um fracasso a presença do público, em relação ao que foi previsto nas redes sociais.

Estourando, no aperto mesmo, deve ter umas 3 mil pessoas.

Muita gente, diga-se, considerando o perfil avesso a comícios da população marabaense.

Frio, o público ouve a romaria de discursos, assim como que meio ressabiado do que está por vir.

Para que não haja dúvidas quanto a estimativa de público aventada pelo blog, amanhã,  o poster mandará uma equipe de sua  empresa medir o espaço delineado de maior aglomeração humana, para não deixar dúvidas.

Nem para os leitores, nem para o próprio poster.

É comum, quando um evento reúne multidão, surgir logo  estimativas do número de pessoas presentes. Quase sempre, quem promove o evento superestima o público, quando não existe  controle de bilheteria ou de portaria.

Vamos medir e calcular o metro quadrado pelo número de pessoas ocupado – conforme sugere a ilustração.

 

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Atualização às 10:37 (sexta-feira, 16)

 

O poster deve ter errado por pouco, estimativa que fez à noite de ontem da presença de público no comício de abertura da campanha plebiscitária pela divisão do Estado, em Marabá.

Esta manhã, duas medições foram feitas no local onde se realizou o comício em pontos estrategicamente marcados, durante a manifestação.

Na primeira, pegou-se a área de maior aglomeração – aquela em que populares ficaram bem mais próximos um do outro.

Esse ponto apresentou área de 960 m2.

Pela fotos dá para checar: mesmo no local onde houve maior aglomeração, próximo ao palanque, não existem quatro pessoas por metro quadrado. No máximo, três.

Multiplicando-se pela área encontrada (960), teríamos um público de 2.800

Mas, para evitar qualquer tipo de avaliação precipitada dos engajados apaixonadamente na causa separatista, fiquemos com uma estimativa generosa: basta colocar quatro pessoas por metro quadro.

Então, na primeira medição, o público teria sido de 3.840

A área encontrada nos demais pontos medidos, ou seja, a partir do quadrado mais densamente povoado (distanciando-se do palanque), onde pessoas dispersas em pontos distintos assistiam tranquilamente a falação dos políticos, foi de 320 m2.

Nesse perímetro, otimista demais, o blog sugere duas pessoas por metro quadrado. Portanto, coloquem mais 700 pessoas nessa conta.

Passando a régua, o público chegou próximo a 5 mil pessoas.

As fotos a seguir, extraídas de vídeo gravado pela VideoV, podem dar uma noção do distanciamento das pessoas entre si, e da área ocupada.

Observem que próximo ao palanque, onde normalmente os mais ávidos pelos discursos costumam ficar, consolidando aglomeração mais rígida, há espaços bem definidos entre pessoas.