O empresário Ítalo Ipojucan, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá,  pode não consentir de público – mas em conversas com os próximos têm revelado seu desencanto com os rumos do PMDB de Marabá, especificamente no que se refere ao estilo fechado da direção local da legenda em conduzir as discussões  sobre a eleição de outubro.

Aclamado no final do ano   passado como um novo peemedebista capaz de levar a legenda a se cacifar na disputa pela sucessão de Maurino Magalhães, Ítalo Ipojucan ingressou no PMDB  cercado de muita festa,  numa das maiores manifestações do partido em Marabá, durante ato realizado na Câmara Municipal diante do senador  Jader Barbalho e do prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho.

A filiação do empresário era celebrada como uma das conquistas capaz de tonificar a militância do partido, levando, inclusive, Jader a anunciar, naquele dia,  a pré-candidatura de Ítalo à prefeitura.

Em poucos meses, o ímpeto contagiante da propalada pré-candidatura  foi se definhando, pela ausência de interlocutores com os quais o empresário pudesse conversar para alinhavar planejamento e um rumo lógico à consolidação competitiva de seu nome.

Do jeitinho que o poster antecipou numa nota aqui publicada,   Ítalo Ipojucan foi largado no meio do roçado, sem espaço para dialogar com os principais dirigentes peemedebistas locais, que dificultavam a realização de reuniões e os pedidos de Ítalo para que todos estreitassem ações voltadas a viabilização de sua pré-candidatura.

Apesar de encontrar-se participando das articulações que visam consolidar um nome competitivo para representar a chamada Terceira Via na disputa pela prefeitura de Marabá, Ítalo perdeu o pique,  perdeu o cio – para usarmos expressão bem mais simbólica.

Talvez, somente agora, ele tenha compreendido ter sido  “fritado”  pelos dirigentes municipais do PMDB.