Da mesma formação ideológica do time de Kátia Abreu, o prefeito tucano de Paragominas, Adnan Demacki, pousando de bom mocinho, de novo aparece querendo tirar o bubuco dele (e dos seus) da reta. Numa entrevista a Ronaldo Brasiliense, repete o que já dissera, ano passado, a respeito de quem são os verdadeiros destruidores da floresta amazônica, responsabilizando as carvoarias edificadas nos projetos de assentamento, ou em invasão de terras, como únicos predadores atuais.

Só faltou revelar na canalhice de seu depoimento que os prepostos dos madeireiros são os idealizadores de grande parte das invasões, para a compra das espécies comercializadas no mercado negro, e que 60% dos fornos levantados em todo o Pará são financiados pelo dinheiro das serrarias.

Esse caratonha, vez em quando aparece com o repetido discurso de jogar a responsabilidade no setor siderúrgico de Marabá, pela destruição da Amazônia – vendendo a falsa imagem de inocência dos seus financiadores eleitorais – à frente Sidney Rosas, de quem Adnan se concebe ventríloquo padrão, fiel e afilhado.

Demacki espalha um papo de que ele e seus patrocinadores estão empenhados em programas de combate ao desmatamento, cinicamente batizado de “Município Verde”, como se o agronegócio de Paragominas, plantando soja e outras culturas paralelas, caminhasse verdadeiramente no caminho de investir no reflorestamento.

“Município Verde…. de vergonha”, faltou ele completar, por estar sempre incluído na lista daqueles que mais depredam a natureza, no Pará.

Ele deveria contar, na oportuna entrevista ao Brasiliense, que seu grupo político do Nordeste do Estado – do qual faz parte o sisudo Carlos Xavier, todo-poderoso e sempre único presidente da Faepa – ajuda a financiar os movimentos de Kátia Abreu na luta para alterar, no Congresso Nacional, a legislação ambiental, com objetivo de restabelecer o status quo de antes, e, com isso, fazer valer, outra vez, o barulho impune, e criminoso, dos motosserras.