Os movimentos sociais estão conseguindo colocar  a cidade de Marabá contra suas reivindicações.

Fechar o tráfego de veículos em ponto vital do trânsito da cidade é de uma desinteligência sem precedente.

Não é apenas o trabalhador quem está sendo prejudicado por não conseguir chegar ao local do emprego para cumprir suas tarefas diárias.

Estão sendo punidos, também, pelo ralo dessa irracionalidade,  crianças e jovens estudantes privados de chegarem às escolas; professores,  e uma gama de formadores de opinião cada dia mais resistente a ideia de que o movimento dos assentados é justo e necessário – como o blog já registrou aqui – e o ratifica com todas as letras.

Só quem desconhece a importância da luta dos chamados sem-terra pelas transformações positivas espraiadas na zonra rural deste país -,  encoleriza-se com suas manifestãções, e exibe o lado atrasado de insistir em sua  criminalização.

E são exatamente os representantes desse decadente gênero de civilização quem está comemorando a repetição do que já havia ocorrido ontem na cidade: o fechamento da Transamazônica,  próximo a ponte sobre o rio Itacaiúnas.

São eles quem estão a repetir o velho discurso de que “esses bagunceiros deveriam estar na cadeia”, generalizando um tom de beligerância igualmente danoso à sociedade como o ato violento de fechamento da Transam.

Pressionar o Incra, é preciso.

Forçar o governo federal a voltar à mesa de negociações, faz parte  das conquistas democráticas vividas pela sociedade brasileira, nos últimos 20 anos.

A dosagem utilizada para exprimir os meios pode até justificar seus fins, mas de forma bem cara ao direito de ir e vir das pessoas.

Resultado: a cidade inteira demoniza, sem pena, os movimentos sociais.

Lamentável.