O secretário de Meio Ambiente de Marabá, Carlos Brito, ainda não mostrou a cara dele à frente do órgão.

Não mostrou a cara, nem a voz.

Para qualquer tipo de ação  que se exija da Semma diante de demandas ambientais, o secretário esquiva-se, alegando “falta de estrutura para trabalhar”.

Portanto, um  órgão público sem rosto.

As dificuldades financeiras da prefeitura para o enfrentamento de problemas diários, são imensuráveis. A  sociedade está “careca” de saber disso.

Mas a situação de reduzidos recursos não pode servir de pano de fundo para a imobilidade de uma secretaria, porque o bom secretário, usando a criatividade e a entrega de seus servidores, pode fazer o mínimo do mínimo, em favor da sociedade.

Estão sendo assalariados (e recebendo religiosamente em dia!) para isso.

Paralelamente a falta de iniciativas, a Semma não tem voz, porque o seu dirigente maior não atende telefone.

Ninguém consegue falar com Carlos Brito.

Ele foge das ligações telefônicas como o diabo foge de cruz.

No domingo, o poster tentou falar com o rapaz dezenas de vezes, no rastro de outras tentativas de telefonemas feitos por pessoas que se encontravam no rio Tocantins e se assustaram com o elevado número de redes de arrasto estendidas no leito do rio, abaixo e à montante da ponte rodoferroviária.

Pior: alguns pescadores faziam o uso de bombas, nas imediações da localidade do Espírito Santo, no meio do pedral existente na área.

A matança de espécies indignou muitas pessoas.

Os  pescadores não se contentam mais em estender suas imensas redes, agora utilizam instrumentos explosivos para facilitar o ato criminoso.

Como o blog é tido como amplificador da indignação  da comunidade, é comum as pessoas procurarem o poster para fazer suas reclamações e denúncias.

E não foi diferente, no início da tarde de domingo, quando dezenas de ligações  registraram o fato, pedindo para que a gente entrasse em contato com a Sema, em busca de apoio, já que as pessoas não conseguiam falar com Carlos Brito.

“O telefone dele está sempre fora da área”, somaram-se as vozes.

O poster também tentou, em vão.

Em oportunidades anteriores, esse fato já havia se repetido.

O dirigente da Semma não atende ligações.

E também não trabalha.

Porque se trabalhasse, não obstante  “a falta de estrutura”, estaria dentro de uma lancha fiscalizando o rio, da boca do Burgo às imediações do Landi, depois da ponte, quando fosse acionado para verificar as irregularidades.

Não é admissível um secretário de Meio Ambiente justificar sua omissão alegando “falta de estrutura”, porque pelo menos duas lanchas o órgão conseguiria obter, junto a sociedade, para impedir que diversos tipos de crimes ambientais estejam sendo praticados no leito do Tocantins

Falta, sim, iniciativa e articulação.