Nenhum jogador gosta de ver aquele tipo de lance quando está perdendo. Quem disser o contrário, está mentindo. Eu sou contra aquele tipo de jogada. (Joel Santana, treinador do Flamengo)

Sou favorável a qualquer drible, pois isso é o que existe de lindo no futebol e representa a criatividade que os torcedores vão ao estádio ver. Kerlon procura fazer deste drible uma jogada perigosa para o adversário e vai sempre em direção ao gol, criando a maior dificuldade para os zagueiros, que não estão acostumados a desarmar a bola no alto. Eu mesmo oriento os meus atacantes para sempre usarem esses recursos de driblar em zona de perigo, pois o adversário pode fazer pênalti ou falta. (Zico, treinador do Fenerbahçe da Turquia, e maior jogador da História do Flamengo)

Sacaram a diferença de visão? O primeiro depoimento, do treinador açougueiro do mais-querido, exalta a burrice em campo, a falta de criatividade. O segundo, do Zico, dizendo que o “drible da foca” inventado pelo garoto de 19 anos, Kerlon, do Cruzeiro, é o que existe de belo nos campos de futebol.

Estava vendo inda agora na Internet o “ drible da vaca” que o levíssimo Dodô deu num zagueiro do Corinthians. Lindo!

Preferimos a doce ilusão do drible. A fantasia do faz que vai e não vai. A divina “humilhação” do adversário -, com a arte do toque genial daqueles que nasceram para dar espetáculo.