Na noite do dia 10 de setembro, no apartamento de um hotel de Belém, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB) tomou a decisão que nem ele, até aquele momento, imaginava ser o destino de sua malfada disputa eleitoral.

Pegou o celular e alcançou Marino Magalhães saindo de uma caminhada, em Marabá.

Na rápida conversa, Bentes indagou se Maurino poderia estar em Belém, dia seguinte, para um encontro com ele e Jader Barbalho, sem lhe dar maiores esclarecimento a respeito da reunião.

Nada bobo, Maurino entendeu que poderia haver naquela proposta algum tipo de negociação política para a reta final da disputa. Ao mesmo tempo em que mudava a agenda de encontros matinais, Magalhães aceitou o convite, pegando o vôo da Gol na madrugada.

Pela manhã, no gabinete de Jader Barbalho, antes da chegada de Maurino, Asdrúbal comunicou-lhe que iria renunciar à candidatura de prefeito.

– Você ficou louco, Asdrúbal? O que justifica uma decisão desta? -, perguntou Barbalho.

– O povo de Marabá, definitivamente, dá mostras de que me quer apenas na Câmara Federal, todas as pesquisas indicam isso.

Meia hora depois, Maurino Magalhães adentrava a sala onde já se encontravam os dois peemedebistas.E também, foi nessa hora que ele tomava conhecimento da decisão de Asdrúbal sair da disputa para apoiá-lo.

Sandra, mulher de Bentes, só foi saber da novidade, na tarde do dia 11, quando o deputado federal desembarcou em Marabá, acompanhado de Maurino.