Terminou em bom ritmo, na manhã desta quinta-feira, 15, reunião da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, com uma comitiva paraense de políticos e empresários, agendada para discutir as obras da hidrovia Araguaia-Tocantins e as demandas adindas do projeto envolvendo derrocagen do pedral do Lourenção, entre Marabá e Tucuruí.

Ítalo Ipojucan, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, presente ao encontro, relata que algumas autoridades fizeram explanação do problema defendendo a importância da hidrovia para o país, e a expectativa gerada a partir do anúncio do empreendimento , anseio das comunidades, preocupação com o tempo para implantação do projeto e o que o atraso nas eclusas poderia gerar.

Segundo ele, a ministra ponderou, garantindo que o governo federal entende investimentos em logística (hidrovia) como prioridade nas ações de governo, “tendo clareza da importância da obra de derrocamento para a continuidade do projeto da hidrovia!.

Miriam Belchior justificou a suspensão do processo licitatório de derrocagem da hidrovia “ em virtude do mesmo ter apresentado indícios de super orçamentação”, mas que trabalhos exigidos para obtenção das licenças ambientais estão em ritmo norma. “Só que o projeto necessita de ajustes”.

A ministra lembrou ainda que foi determinado a realização de um reestudo do projeto envolvendo seus custos, que já está pronto e em fase final de análise pelo corpo técnico do DNIT. “Concluído este trabalho, será avaliada a condição do processo licitatório já concluído e suspenso, ser aproveitado.”, reproduz Ítalo, fazendo um resumo do que foi tratado na reunião.

Miriam Belchior voltou a repetir o que o blog antecipou bem antes de todo esse forobodó, ou seja, que “por uma determinação presidencial o tema de construção da hidrovia está sendo apresentado à Vale para que ela analise a possibilidade participar do investimento”. Segundo a ministra, o governo federal , na pessoa da presidente Dilma Roussef, tem o entendimento de que a Vale E necessita participar mais de investimentos estratégicos dentro do Pais”, como tem feito, ao longo dos anos, a Petrobrás.

Adiantou ainda que já ocorreu uma reunião com a presidência da mineradora nesse sentido, e que a Vale se mostrou receptiva a discutir a proposta do governo Federal.

Ítalo Ipojucan ouviu de Miriam que “com o resultado do reestudo da derrocagem em mãos, aeu ministério estará apresentando-o à Vale, como ficou definido na reunião inicial, para continuidade das negociações a respeito de sua participação no investimento exigido”.

Na avaliação de Ítalo Ipojucan, o governo federal está contando com a participação da mineradora no empreendimento.

Mirian Belchior revelou à comitiva estar tendo regularidade nas conversas com a mineradora e que a Alpa é uma realidade nos investimentos dela em Marabá. Revelou ter ficado surpresa com os boatos que indicavam a possibilidade da Alpa não acontecer, no que acionou a diretoria da empresa a respeito – e a mesma ratificou todo comprometimento nos investimentos anunciados para a construção da siderúrgica em Marabá.

Foi enfatizado à ministra que só com a Alpa não é possível desencadear o movimento que a sociedade da região exige, qual seja, a partir dela, viabilizar o projeto Aline, que integrado ao primeiro abrirá a possibilidade da diversificação da atividade industrial, viabilizando um novo corredor de desenvolvimento no Norte.

“Para que isso ocorra, exige-se celeridade na decisão e execução da derrocagem do Lourenço”, lembra Ítalo.

Além de Ítalo Ipojucan, estiveram com a ministra Miriam Belchior o governador Jatene, senador Flexa Ribeiro, secretario Sérgio Leão, deputados federais de todos partidos,além da ex-governadora Ana Julia e Paulo Rocha.

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Atualização às 18:35

 

No blog  da ex-governadora Ana Júlia mais informações sobre o assunto.