O povo em sua sábia simplicidade ensina que a fé é uma graça perene e que o Sagrado está em tudo o que nos rodeia.

Nas multidões que vão a Aparecida, no “pixote de Além Tejo” que teve a visão restituída e do qual fala Bruno Tolentino em seu impressionante poema Ao Divino Assassino, nas muitas, inúmeras, incontáveis mãos que se sustentam no Círio de Nazaré.

O povo, essa entidade quase mística da qual falamos como se não fôssemos parte dele, conhece os caminhos mais curtos para o coração da Crença, mantém relações de intimidade com Deus, seus santos e anjos de todos os credos, de todas as raças.

A fé, essa fonte que nunca seca, essa fé que remove montanhas nas procissões e peregrinações, que assombrosamente se encontra na pílula de papel de Frei Galvão e nas ondas floridas de Iemanjá, essa fé de algum modo está comigo. E isso é tudo.

Que Nossa Senhora de Nazaré abençõe esse lindo e imenso Pará que tanto amamos.

Feliz Círio, paraenses grávidos de Fé!