Em comentário postado na manhã desta segunda-feira ao post Corporativistas lutam contra mudanças que abalem sistema mercantil de saúde, Francisco Raevan, médico marabaense formado em Cuba, coloca a colher na chaleira quente, defendendo a contratação de médicos estrangeiros:
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Enviado em 24/06/2013 as 10:07
Bom dia Hiroshi e caro leitores dessa pagina , sou filho de Marabá e me formei em cuba em 2009 na Elam , e revalidei meu diploma ha 2 anos , e cheguei a trabalhar em Marabá e municípios vizinhos e sei como e carente a nossa região na área na saúde e ficar cair lágrimas da dificuldade de um pai de família em não ter condição de pagar uma consulta medica ou de comprar medicamentos , porque na unidades básicas de saúde não tem médicos ou mesmo medicamentos e com isso são obrigados a buscar os hospitais ou consultórios particulares , e com isso que sofre com isso e a população, essa campanha que o CfM faz de desqualificar o a vinda médicos estrangeiros especialmente Cuba, inventando inúmeras mentiras sobre esse País , eu que me formei la e não fico para traz com os médicos formados aqui não Brasil. Acho importante essa tentativa do governo Federal em buscar entrada de médicos estrangeiros para trabalhar especificamente na atenção básica , onde Cuba da uma lição de moral em muitos países e especialmente no Brasil , sim isso não vai resolver 100% mais o sofrimento da população diminuir , a importância que tem um medico na UBS , faz muita diferencia, as filas nos hospitais públicos e particulares vão diminuir. Esta certo muitos pontos que o cfm questiona também sou a favor, como piso nacional para os médicos, a falta de infra estrutura nos interior para trabalhar , mais isso será efetivado quando nos conseguir gestores serio para direcionar isso , porque políticas publicas tem , mais não são efetivadas devida que a corrupção já esta hierarquizada em nossa política. Eu Apoio a vinda de médicos estrangeiros para trabalhar na atenção básica , com um prazo determinado e com isso fazer um cadastro de médicos brasileiros formado no exterior que não conseguiram revalidar o diploma no Brasil que são muitos , e canalizando futuramente para trabalhar na atenção Básica que na verdade a revalidação de diplomas no Brasil e muita cara e humilhante. VIVA SUS |
Alguem
25 de junho de 2013 - 20:01muitos falam quer trazer médicos sem estrutura , não e valido , então eu pergunto ,se eu não tiver um desinfetante na minha casa eu eu não irei varrer e passar um pano úmido, ate que eu conseguir um desinfetante? No Brasil e lógico que existe dois problemas na saúde um e a falta de medico a outra e falta de estrutura, mas será que não e valido tentarmos conseguir acabar com um dos problema para tentarmos acabar com o outro?
sei que existe varios problemas que não precisar de muitos exames então para atenção básica seria muito bom essa medida …
Ricardo
25 de junho de 2013 - 19:00A dificuldade para se contratar profissionais na area de saúde no brasil é um fato. Os preços pagos pelo governo federal(sus) por consulta é uma afronta a dignidade de qualquer profissional, principalmente para quem estudou com a seriedade que a profissão exige. Sendo assim, resta-nos os cubanos, e os brasileiros que, pelo fato de terem dificuldade para passar no vestibular aqui, foram pra cuba driblando os pré-requisitos essenciais para se aprender uma profissão de muita responsabilidade, quais sejam, saber ler e escrever a lingua patria. A importância deste pré-requisito, é evitar que analfabetos funcionais assumam responsabilidades que só devem ser assumidas por quem tem a devida competencia. Portanto acho que o geraldo tem razão. Pena que até mesmo a classe aristocrática, e a “elite intelectual” deste país não saiba escolher o melhor para o povo brasileiro.
Carmelita
25 de junho de 2013 - 17:24Os médicos brasileiros são contra a vinda de médicos de Cuba para o Brasil é simplesmente pelo fato dos médicos daqui terem clinicas particulares com procedimentos caríssimos (todos cobram os olhos da cara como dizia minha vó), e se vir esse batalhão de médicos cubanos, para o atendimento público as clínicas deles vão ficar vazias. Porque além de caras o atendimento é ruim, não se tem um resultado positivo de nada, gasta, gasta, e termina indo pra alguma capital, principalmente pra Teresina no Piaui.
casemiro
25 de junho de 2013 - 12:04O nosso amigo Geraldo está preocupado com o conhecimento gramatical do Sr. Raevan. Antes deveria estar preocupado com o conhecimento da ciências sociais, que por sinal é extremamente deficitária na grade curricular dos cursos não somente da área de saúde, mas de praticamente todos os cursos superiores do País. Se tivesse esta preocupação o senhor Geraldo teria conhecimento de que existe um sério desequilíbrio entre a demanda e a oferta de serviços de saúde no País. Saberia também que entre os componentes da oferta de serviços de saúde, a mão-de-obra médica é o componente mais caro e mais escasso. Saberia também que a elasticidade preço da demanda por serviços de saúde preventiva é alta, ou em uma linguagem mais simples, a chegada dos médicos estrangeiros e a ampliação da oferta e a consequente queda nos preços dos serviços médicos possivelmente resultaria em uma ampliação do acesso da população aos serviços de medicina preventiva. O que já ajudaria a resolver boa parte dos problemas da saúde publica no país. Antes de querer desqualificar o Sr. Raevan pelo seu conhecimento gramatical, poderia estar se preocupando com questões mais relevantes como a questão levantada pelo Sr. Amoury: “E que garantia o povo vai ter que esses “importados” ficarão no interior?” ou “mas pregar uma imigração sem critério pode ser devastador.”. E para finalizar parabéns ao Sr. Amoury, por ter feito uma reflexão racional, desprovida de intenções corporativistas.
Thieago dos santos
25 de junho de 2013 - 08:10Parece que o texto foi feito de um celular ou de um tablet sem muito comprometimento. Sou a favor que se traga médicos estrangeiros. Sou a favor que se faça uma prova para nossos médicos, assim como a ordem dos advogados, pois só assim saberemos o naipe dos nossos médicos. Da forma como está imposto ao profissionais estrangeiros dar a entender que é uma reserva de mercado. Como poderei saber o nível de um profissional que estudou fora?
Só saberei se eu compará com os nossos médicos.
Anonimous
24 de junho de 2013 - 22:42Acho que deveria haver uma avaliação de tais médicos, assim como uma uma reavaliaçao e uma possível reciclagem dos brasileiros. As vezes pessoas morrem por doenças tidas como fáceis de se curar por falta de atendimento médico simples.
E só mais uma coisa, trabalho no maior ambulatorio publico da cidade, por lá são todos brasileiros e, acredite, não são exemplos de um bom português, mas dentre esses há ótimos profissionais..
Rodolfo Amoury Jr.
24 de junho de 2013 - 20:32Caro Hiroshi,
Sou médico marabaense, estudei da primeira a oitava série no Colégio Duque de Caxias, em Marabá, depois fiz o segundo grau no Paes de Carvalho, em Belém, e fui bolsista do Colégio Ideal no 3º ano.
Fiz Medicina na Universidade do Estado do Pará – UEPA.
Fiz especialização em cirurgia geral pela Faculdade de Medicina de Jundiaí-SP.
Fiz especialização em Cirurgia Oncológica no Hospital do Câncer de São Paulo A. C. CAMARGO.
Em fevereiro de 2005 voltei a Marabá e, desde então, tento colocar em prática tudo que aprendi para tratar pacientes com câncer. Muito díficil ou quase impossivel sem condições na rede pública. Tive uma luz na época do Nagilson como secretário de saúde, mas o gestor da época não deixou dar seguimento. Optei por investir no setor particular e nunca desistir da minha cidade.
Atualmente, sinto-me entusiasmado com a sensibilidade do prefeito João Salame e o secretario Nagib Mutran em implantar um serviço de tratamento de câncer na nossa cidade. Vou arregaçar as mangas para ajudar e colocar em prática.
Resolvi falar tudo isso pra dizer que não sou contra a importação de médicos estrangeiros. Mas trazer sem revalidação de diploma é um crime.
Legislar em causa própria não é salutar. O nobre colega fez faculdade em Cuba e passou por uma revalidação, ótimo, isso é bem vindo, mas pregar uma imigração sem critério pode ser devastador.
Trazer médicos sem leitos, sem exames e sem remédios é igual querer resolver a FOME trazendo cozinheiros num lugar que não tem arroz, feijão, nem panela e nem fogão.
E que garantia o povo vai ter que esses “importados” ficarão no inrerior. Pelo que percebi no discurso do colega, ele chegou a trabalhar em Marabá e não trabalha mais. Ou entendi errado?
Se tivermos políticos que estiverem dispostos a dar estrutura e valorização a coisa anda. Veja o exemplo do nosso atual gestor em realizar um projeto inédito no interior do Pará de tratamento de cancer.
Ainda bem que não desanimei e fui embora, pois pelo jeito serei testemunha de sonho realizado atraves da iniciativa do prefeito João Salame.
Que venham os estrangeiros com avaliação adequada, juntamente com condições de trabalho.
Serão bem vindos assim…
Geraldo
24 de junho de 2013 - 15:25Caro Hiroshi, sou seu seguidor diário, e um grande admirador do seu trabalho. Na minha humilde opinião, o texto do Dr. que se formou em Cuba diz muito. Se a competência profissional do mesmo for medida pela qualidade de sua redação, acredito que a importação de profissionais deste nivel só vai piorar a qualidade do atendimento médico do nosso povo. Admiro-me do CFM ter sido tão generoso com o respectivo profissional revalidando seu diploma. Talvez fosse aconselhável o CFM ser mais rigoroso.
Geraldo, a tua tentativa de desqualificar o comentário do médico marabaense é de uma estupidez sem tamanho, considerando tua implicação com tropeços gramaticais. Tenho a leve impressão de que tu deves ser um dos integrantes da colmeia corporativista que tenta confundir a opinião pública contra a vinda de médicos estrangeiros para o país. Usa o contraditório, rapaz, ao invés de tentar desqualificar o oportuno comentário do Raevan.
casemiro
24 de junho de 2013 - 15:11Concordo a qualidade do ensino e da medicina que se pratica em Cuba é de se admirar até mesmo entre os países mais desenvolvidos. Realmente Cuba está anos a frente do Brasil na questão da Saúde. Não estamos aqui discutindo a economia ou sistema político vigente na ilha, então concordo com a vinda de profissionais de lá, para ajudar a equilibrar a oferta e a demanda pelos serviços de saúde, sobretudo no interior do país.