Nota da Sema publicada na imprensa diz que “o fato do Pará ter registrado na contabilidade nacional do fogo 5.842 focos de incêndio, assumindo o primeiro lugar, isto até as 13h da última quinta-feira (13), pode não significar uma situação de descontrole, como um todo. Tecnicamente, é preciso distinguir foco de calor de foco de incêndio e de incêndio florestal, categoria que preocupa pelos danos irreversíveis ao ambiente”.
Trocando em miúdos: não se discute a questão do ‘foco de calor’, ‘foco de incêndio’ ou ‘incêndio florestal’. A verdade é que temos duas reservas ecológicas (Floresta de Carajás e a Serra das Andorinhas) em franca destruição pelo fogo e, anualmente, todo mundo sabe que, a partir de agosto, ocorre sempre o fenômeno da combustão espontânea da mata. Pergunta-se: por que o Estado, em parceria com os municípios envolvidos, não estruturou as brigadas anti-fogo nas chamadas Áreas Protegidas? Sabe-se que tecnicamente é difícil impedir o surgimento de focos de incêndio, mas pelo menos haveria estrutura profissional para combater o alastramento das chamas floresta à dentro.
De novo, o Pará lidera o ranking … de coisa ruim.