Joao GalvaoNa manhã deste sábado, eu conversei demoradamente com João Galvão,  na concessionária Mitsubishi, da qual ele já foi diretor, por muitos anos.

Passei a ele minha opinião pessoal a respeito de sua presença como diretor técnico do Águia, e da necessidade de se afastar  da função como forma de oxigenar novos rumos para o time que, atualmente, está fora do campeonato paraense e, que para voltar a disputar a primeira divisão, terá a incômoda obrigação de superar uma disputa de pré-campeonato.

Galvão concordou com minhas colocações, adiantando que já estava propenso a se ausentar da direção técnica do time, “depois de ouvir familiares e outros amigos”.

E, para minha satisfação, fez uma revelação que me deixou feliz pela sua sinceridade:

– “Suas colocações agora reforçam algo que eu ja estava praticamente decidido a fazer. Pode anunciar aos seus leitores que, desde este momento, não sou mais técnico do Águia. Irei ajudar o Ferreirinha (Sebastião Ferreira, presidente do clube) a construir nosso amado time em outras funções”, disse.

Galvão já havia participado de  uma reunião com seus familiares, inclusive Reinaldo Zucatelli, diretor presidente do Grupo Zucatelli, seu cunhado, de quem ouviu pedidos para deixar o cargo de técnico.

Dias antes, também tivera conversa, no mesmo sentido, com o prefeito João Salame.

Sempre acessível a todo tipo de conversa,  João Galvão é aquela figura com quem você pode  emitir seu ponto de vista, sem que isto venha criar  qualquer  aresta ou bloqueios, no bate-papo.

A paixão dele pelo Águia é extrema.

É amor que se revela no olhar, nas palavras e, principalmente, nos argumento que ele usa para falar do clube.

Durante sua permanência na direção técnica do time de futebol, Galvão conseguiu algo inédito: é o treinador mais longevo à frente de um único clube.

Superou, inclusive, a marca de Telê  Santana, quando este esteve à frente do São Paulo, por cinco anos e cinco meses.

Galvão dirigiu o Águia pelo período de cinco  anos e oito meses. (Hiroshi Bogéa)