Depois dos 60 anos, pelo menos a boa percepção de vida assim indica, o cidadão geralmente passa a se acautelar antes de fazer determinadas declarações, preservando o conceito da boa inteligência e maturidade. Inda mais quando tem a responsabilidade de ser considerado um formador de opinião de grande audiência.

Quase aos 70 anos, isso não está sendo digitado na biografia do Boris Casoy.

Ancorando um tele-jornal na BAND, o que ele tem ensinado é como se guina à direita da direita sem maiores constrangimentos, exasperando-se (e a quem exige pelo menos o mínimo de mediação de um âncora) diante do vídeo com opiniões retrógradas e desprovidas de críticas honestas quando baixa a pua nos movimentos sociais.

Generaliza atos pontuais num processo de criminalização sem precedente.

Não obstante a idade um pouco avantajada, Boris não deve ter tomado ainda conhecimento do manjado ensinamento (existente até em compêndios de escoteiros) de que as palavras possuem o poder de nos levar ao plano da razão e do saber. Ou da indignação, quando ditas verticalmente de forma desonesta.

Primeiro apresentador chamado de âncora no Brasil, Boris está perdendo a credibilidade ao tentar manipular fatos com irreconhecíveis investidas, como se estivesse à disposição de interesses escusos. Com isso, perde referência.

Só não perde a inocência de ancião porque ainda não comprovou tê-la.

Quem um dia foi considerado por alguns críticos o Walter Cronkite brasileiro, o âncora da BAND está mais pra representante pastelão de teatro da era de Stalin – ele que herda o sangue de filho de judeus russos.