Imaginava-se que o médico Almir Gabriel, aos 77 anos, tivesse deixado de lado mágoas e revoltas com pessoas que sempre lhe dispensaram admiração e respeito. Mas não é isso que o tempo, longo tempo das causas maduras, tem perpassado ao respeitado ancião da política paraense.

Lendo entrevista no DIÁRIO DO PARÁ, com Almir, barba por fazer, entregue desleixadamente numa foto ao lado dessa horripilante figura chamada Mário Couto, só deu para extrair de seu depoimento o conhecido sentimento recurvo, incitamento à revolta partidária, indignação própria dos autoritários diante de ato desagradável aos seus próprios interesses.

Quem conhece os atritos intramuros que definiram a candidatura de Almir em oposição à lógica da tentativa da recandidatura de Janete, lendo as “revelações”do quase octogenário se constata o estágio tamanho de sua total decadência.

O poster sabe de muitas histórias. Do jogo autoritário e ameaçador, à época, desenvolvido por Almir Gabriel contra a recanditaura de seu ex-secretário, e vai começar a revelar. Por toda a semana, alguns posts serão redigidos contando o que Almir escondeu na entrevista concedida ao Frank Siqueira.

Em verdade, tudo o que disse Gabriel – a forma como Jatene gosta de chamá-lo -, só depõe contra a sua biografia de homem público.