Agora no final da tarde de domingo, recebi telefonema de amigo residente em Dom Eliseu.

Aqui o movimento não durou duas horas. Quando passou das 11h30, os fiscais grevistas da Sefa abandonaram seus postos e foram pro Itinga do Maranhão tomar umas cervejinhas. Ficaram por lá se divertindo em alegre bate-papo, experimentando uma deliciosa galinha caipira que faz muito sucesso num barzinho conhecido do outro lado da fronteira.

A informação do colega que atua na imprensa da BR-222 resume a paralisação de um movimento paredista destinado a durar até o próximo dia 2 de setembro, com objetivo de sangrar a arrecadação do Estado, conforme pretendia o presidente do Sinditaf (Sindicato dos Trabalhadores do Fisco do Pará), Charles Alcântara, pleiteando uma série de reivindicações.

O fracasso estrondoso do movimento que nem chegou assim a se caracterizar estava previsto.

Aforamente os servidores presentes às assembléias da classe, manifestações de auditores e fiscais lotados em diversos municípios do Estado consideravam o confronto, declarado pelo sindicato, prejudicial aos servidores, considerando – conforme atestam em depoimentos – que a atual gestão avançou muito mais do que os últimos governos em muitas propostas discutidas – apesar da necessidade de ser legalizar o mais rápido possível os avanços discutidos.

Na barreira da SEFA no Itinga, informa a fonte de Dom Eliseu, o constrangimento foi bem maior porque enquanto os fiscais grevistas se dirigiram para o lado maranhense buscando algumas horas de lazer, seus colegas de plantão ficaram no batente, processando notas fiscais dos caminhões que entravam e saiam do Estado.