Duas matérias publicadas no Correio do Tocantins ( sem link esta manhã),  ambas levando assinaturas do repórter Ulisses Pompeu, mostram números frios e desalentadores.

Desumanos, principalmente.

A primeira revela que 5,5% dos bebês nascidos em Marabá têm mães entre 10 e 14 anos de idade.

Um índice mais elevado, próximo a 27%, identifica mães com idade entre 15 e 19 anos.

Em miúdos: as jovens  marabaenses não têm infância. Nem adolescência.

A segunda,  não menos desesperançosa, antevê o que aguarda a região palco de imenso berço migratório, diante dos projetos de mineração anunciados, sem que haja intervenção imediata dos órgãos ditos responsáveis pela coisa.

Com população estimada pelo IBGE de 200 mil habitantes, 10% dos que vivem em Marabá, são analfabetos. Bagatela de 20 mil humanos.

Sombrias, também, diante dos números, as reflexões  da chefe da Agência do IBGE do município, Tereza Penha; e da coordenadora do programa Vale Alfabetizar: tarefa quase impossível erradicar o analfabetismo numa  região de forte fluxo migratório, onde pessoas aportam e decolam como num  piscar de olhos, sempre em busca de oportunidades nos municípios do entorno.