Pode ser constrangedor? Pode. Mas só é constrangedor por causa da visão obtusa e hipócrita de muitos pais que ainda querem criar os filhos blindando-os com falso moralismo.
Qual a criança, já a partir de seus cinco anos, não ouve um palavrão dentro de casa ou na escola? Em plena era da Internet, o risco é bem maior de um jovem receber orientação criminosa num chat do que a pesquisa sobre palavrões, encomendada pela professora Raimunda Castro, provocar desvio de conduta em um jovem estudante.
Como bem pergunta a educadora de Capanema, “se eu não explicar para eles o que é (o palavrão), quem vai explicar?”.
É bom mais do que depressa evitar-se cometer injustiça com a professora. É bom mais do que depressa a sociedade ficar atenta a problemas bem mais sérios do que esse, como, por exemplo, priorizar o combate a prostituição infantil que começa, em muitos casos, dentro de casa.