Quando a garotada vai às ruas  reclamar o aumento do preço das passagens, está coberta de razão.

No Rio, como demonstrou o jornal “Extra”, desde 2007 os ônibus, as barcas, o metrô e os trens subiram acima da inflação.

Quando a garotada bate firme, radicalizando na reivindicação da tarifa zero,  isso é um recado que deve ser levado à profunda reflexão.

Isso implica, definitivamente, na revisão desse  modelo de concessões públicas que faz a alegria dos concessionários e a desgraça de usuários e contribuintes.

Marabá é um exemplo clássico desse modelo falido  de concessão de linhas urbanas a empresas sem nenhum compromisso social, nenhuma intenção de oferecer serviços de qualidade.

Na manhã desta segunda-feira, a jovem Mayara Vivian, uma das coordenadoras do do MPL (Movimento pelo Passe Livre), ignorou oceanicamente tentativa do  comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito Roberto Meira, de partidarizar a manifestação da gurizada.

No encontro, Mayara não aceitou a sugestão do militar, de incluir na pauta do quinto protesto pedido de prisão dos condenados do processo de Mensalão.

A garota deu um chute na safadeza daqueles que detém o poder, mantendo o MPL distante de partidos e da classe política.

Maiara“Ele queria demarcar uma posição”, explicou Mayara Vivian (foto), que, ao lado de outros  representantes do MPL, rejeitou também todos os pedidos feitos pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.

 

 

É isso.

As vozes dos estudantes nas ruas clamam por mudanças mais profundas.

As vaias dos mauricinhos a Dilma Roussef, lá no estádio Mané Garrincha, são para nada mudar.

Os jovens paulistas denunciam a repressão que tenta impedir o direito democrático de se manifestar.

E merecem apoio de todos os brasileiros.