Título do post é afirmação do secretário de Saúde de Marabá, Nagib Mutran, ao fornecer informações a respeito da morte de Raiane Pereira da Silva, em leito do Hospital Materno Infantil.
Esclarece Nagib:
“A jovem Raiane , logo após o parto, teve uma hemorragia uterina, e isso obrigou a equipe médica a proceder a retirada urgente de seu útero. Como o Hospital Materno Infantil é classificado a nível de Média Complexidade, o procedimento necessitava de recursos que somente o Hospital Regional possui, em Marabá, por ser de Alta Complexidade. Se aquele hospital do Estado disponibilizasse ao HMI leitos de retaguarda para gestação de alto risco, a vida da jovem teria sido preservada, com toda certeza. Desde o ano passado, ainda no primeiro semestre de 2013, estamos lutando junto ao Estado para que disponibilize os chamados leitos de retaguarda, sem sucesso. Já levei esse problema diretamente ao secretário de Saúde do Pará, doutor Hélio Franco, mas até agora, nada. Solicitamos interferência do Ministério Público, junto ao próprio governo, no sentido de atender a essa necessidade premente da saúde pública do município”.
Nagib prossegue:
– “Promover a maternidade segura deveria ser um compromisso de todos os entes públicos, envolvendo Ministério da Saúde, Governo do Estado e Prefeitura. Aqui em Marabá, isto não está ocorrendo, pelo menos a nível de parceria. O governo estadual já deveria ter adicionado os leitos de retaguarda para gestação de alto risco, não o fez, até agora. Do mesmo jeito no que concerne a engrossar parcerias nas campanhas de imunização. Temos passado por dificuldades para universalizar vacinações no município, porque o Estado, por picuinhas políticas, não distribui ao nosso município quantidade suficiente das vacinas que recebe do Ministério da Saúde para cobrir o Estado”.
Nagib informa que abriu sindicância para apurar todos os procedimentos verificados durante o parto da jovem.
“Somente depois da concluída investigação, iremos oficializar o que realmente ocorreu no HMI”, finaliza.
Procedente do município de Palestina, Raiane Pereira da Silva deu entrada no HMI para passar pela sua primeira gestação, vindo a falecer durante procedimento cirúrgico.
Djalma Guerra
24 de abril de 2014 - 11:59O descaso na saúde de Marabá é tão grande que para se conseguir um exame de raio x, ultrassom e vários outros leva mais de três meses para que o setor de regulação libere.
O motivo desta demora é ocasionado porque hoje para economizar a semed fica aguardando para fazer exames no Regional e dane -se quem precisa ou tem direito como cidadão..
cupim
23 de abril de 2014 - 23:48Estranho o posicionamento do secretário de saúde, nagibe mutran de que uma cirurgia de retirar o útero não pode ser feita no hmi em pleno 2014. Minha mulher foi ganhar filho na climec em 1988 e teve hemorragia e foi tirado o útero. Faz 26 anos, e está viva.
Djalma Guerra
23 de abril de 2014 - 21:59O que o Dr. Nagib está fazendo é repassar a culpa da incompetência para os outros, pois se o HMI não tem capacidade para este tipo de intervenção o hospital municipal deveria ter.
Até pouco tempo atrás não existia o hospital regional e as coisas aconteciam.
Admiro muito o prefeito Salame ,porem o atendimento da saúde em seu governo está pior que na época do prefeito Maurino e posso afirmar isto como usuário