A carta da Companhia Vale do Rio Doce encaminhada a Ana Júlia narrando a ocupação, pelo MST, da Estrada de Ferro Carajás, tem nítido objetivo de jogar às costas do governo do Estado a responsabilidade pelo que vier ocorrer na ferrovia, a partir do encontro da governadora com os dirigentes do Movimento dos Sem-Terra. Com esboço bem estudado, conteúdo da carta deixa bem claro que a mineradora ignora totalmente a pauta de reivindicações do MST – em verdade, um enumerado autoritário recheado de boçalidade -, e que deposita na Justiça sua trincheira final para enfrentamento da bagunça.
A bola agora está com o governo.