Via emeio, Flávio Acatauassú Nunes, Coordenador de Manutenção e Operação de Hidrovias do Dnit, esclarece três indagações a respeito da Hidrovia Araguaia-Tocantins.

1-Até o final de fevereiro, provavelmente na segunda-feira, o governo anunciará o nome da empresa vencedora da última fase do certame licitatório para obras de derrocagem e dragagem do Tocantins. Três grande consórcios estão na disputa.

2- Flávio sepulta, de vez, rumores dando conta de que somente comboios de barcaças no padrão Mississipi, e grandes embarcações, poderão usar os elevadores das eclusas de Tucuruí para a transposição da baragem.

“Não há fundamento nesses rumores. As eclusas irão restituir a todos o direito de ir e vir -, assegurado pela Constituição, o qual foi cerceado em 1982 com o fechamento da barragem da hidrelétrica de Tucuruí.Naturalmente, haverá regras e horários diários específicos para eclusagem, tudo em conformidade com as Normas de Tráfego que estão em fase de elaboração pela Marinha do Brasil – DPC, MT, DNIT e ANTAQ -, esclarece.

3- A edição das Normas de Tráfego, citada acima, segundo Acatauassú, associadas ao contrato com a Eletronorte para operação e manutenção do sistema, é que está postergando a abertura “comercial” (aspas são do dirigente do Dnit) das eclusas.

“É importante esclarecer”, enfatiza Flávio, “ que as obras de derrocamento e de dragagem do Tocantins, não são fatores impositivos ao trafego de embarcações. São obras que visam a segurança da navegação, nos meses de estiagem, quando as condições de navegação sofrem restrições de calado e comprimento. Ou seja, mesmo sem essas obras, a navegação se dará de forma tranqüila e natural, respeitando as condições que poderão vir a ser impostas pelo regime hidrológico, nos meses de estiagem – setembro, outubro e novembro”.