Foi decepcionante o resultado da reunião da cúpula de segurança publica com políticos e sociedade organizada de Marabá, solicitada às pressas pelo deputado estadual João Salame(PPS) diante do descontrole da violência na região. Pelo menos para olhos e sentidos do público externo, as autoridades do setor demonstram estar levando com a barriga essa grave situação, verdadeiramente a exigir recursos pesados do Estado.
Senão vejamos, ao que se pode deduzir das “medidas” noticiadas pelo jornal Opinião:

1- O delegado-geral Raimundo Benassuly repetiu a velha desculpa de que o Estado não tem policiais em numero adequado para atender aos municípios do Sul e Sudeste;

2- Exemplificou, inclusive: a Superintendência Civil de Marabá, que agrega 21 municípios, carece em torno de 450 novos policiais, mas só tem disponível 150;

3- A Polícia Militar, através do 4º BPM, atua com 450 homens numa área a exigir apressadamente pelo menos mil policiais militares;

4- O Sudeste, segundo palavras de Benassuly, deverá receber “reforço policial quando os novos agentes concluírem o período na Academia de Policia”, lá pra final de setembro. A autoridade não disse quantas pessoas serão efetivadas;

5-
De imediato, relatou o deputado João Salame, “algumas medidas serão tomadas”. Quais medidas? O parlamentar, conforme o jornal, não as revelou, “tendo em vista que não surtiria efeito caso chegassem ao conhecimento público.”

Será que vão inventar a roda? Ou mais uma vez tudo se resumirá às blitzen de ruas movimentadas das cidades com a certeza de que as quadrilhas organizadas antecipadamente saberão locais e horários das ações paliativas?

Não existe segredo no combate ao banditismo. O segredo é dar prioridade à questão encarando-a como política de governo, botar dinheiro nos órgãos de segurança pública, contratar efetivo policial. Capacitar. Expandir pelo interior os núcleos de Inteligência. Equipar cada delegacia. Pagar salários compatíveis com a natureza da profissão.