Na sala de aula, ele fala com total desenvoltura sobre as obras de Platão e Aristóteles.
É tido, por seus alunos da Universidade Federal do Sul/Sudeste do Pará, como “excelente mestre”.
Nos corredores dos Campus I ou II da Unifesspa, à pergunta em qual sala professor Davi está dando aula, qualquer pessoa abordada devolve a indagação com outra pergunta:
– O que foi prefeito de Xinguara?
Nos meios acadêmicos de Marabá, José Davi Passos passou a ser espécie de “embaixador” do município de Xinguara.
Eu tentava entrevistá-lo alguns dias antes, mas a agenda lotada do ex-prefeito de Xinguara, nos dois períodos diurnos, tanto no Campus I, quanto no II, da Unifesspa, forçava adiamento do encontro.
Aguçava-me a curiosidade um ex-prefeito de município tão importante como Xinguara, voltar à sala de aula, depois de oito anos governando o município.
Mais instigante, saber que o ex-prefeito, morando em Xinguara, desloca-se semanalmente a Marabá, e retorna ao seu município, fazendo cansativas viagens por uma rodovia perigosa, quase sempre à noite, ou de madrugada, quando vem dar aula e quando retorna, para passar o final de semana ao lado da família.
Minha relação com Davi Passos é quase nenhuma.
Conversei com ele, umas três vezes, no máximo, quando era prefeito do vizinho município, encontrando-o em aeroporto ou em reunião de prefeito da Amat, em Marabá.
O modelo de gestão democrática que ele imprimiu durante os oito anos de administração, priorizando a participação popular, o debate e a prática de ações de inclusão social, sempre me chamou a atenção.
Aproveitando as dezenas de viagens que sempre faço pelos municípios do Sul paraense, costumava conversar com pessoas de Xinguara, parando em postos de gasolina ou em lanchonetes, para auscultar o seu humor em relação ao prefeito.
Invariavelmente, as considerações eram elogiosas.
– “Xinguara teve sorte de eleger um prefeito como Davi”, era a resposta.
Finalmente, semana passada, o encontro para a primeira entrevista.
Antes de ser recebido por ele, do lado de fora da sala onde ele dava aula, cheguei a ouvi-lo interagindo com a turma de Letras.
Davi lembrava aos alunos sobre afirmativas de Platão que as ideias são eternas e imutáveis.
– “Logo, não é possível que uma ideia seja criada ou destruída”, ensinava o professor.
Tão logo completou o tempo da aula, Davi saiu para falar comigo.
Muito receptivo, convidou-me para ir até a sala da Coordenação do Curso de Ciências Sociais.
Foi num pequeno espaço climatizado que eu e ele conversamos por meia hora.
A seguir, a entrevista.
————

Em sua trajetória no Pará, primeiro, professor universitário. Depois, a vida política, sagrando-se prefeito por 8 anos de Xinguara; agora, de novo, seguindo a trajetória de professor da Unifesspa. O que o professor universitário pode ensinar para o prefeito, e o que o prefeito pode ensinar para o professor universitário?
Eu sou professor de Filosofia, desenvolvendo meus estudos de Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, sobre Platão e Aristóteles , os gregos que nos ensinam muito. Eles foram os inventores da Democracia e, ao mesmo tempo, tendo a Filosofia como reflexão rigorosa e radical – refletindo os próprios fundamentos da Democracia. Se nós entendemos a Democracia enquanto exercício livre da vontade das pessoas, dos cidadãos livres, nós chegamos a um resultado , mas se nós entendemos a Democracia como o exercício de uma atividade dominada pelo dinheiro, dominada por outros interesses, nós vamos ter uma caricatura da democracia.
Essa reflexão, é uma reflexão filosófica, que ensina os cientistas da política, a Ciência Política. Ela bebe nessa fonte da filosofia política. Se existe uma coisa que o meu exercício de professor, meu exercício de pesquisador – que também eu sou, como professor de filosofia -, é que tudo aquilo que a gente faz sempre carece de muita reflexão, de muito controle, muito planejamento.
A razão é que tem que dominar nossos desejos, nossa própria vontade. Caso contrário, nós vamos ter um governante tirano, ou um governante déspota, um governante daqueles ávidos de poder – e trair a vocação verdadeira da política com P maiúsculo, que é o exercício pro bem comum.
Eu fui prefeito oito anos de Xinguara, ganhei o primeiro pleito com uma disputa muito apertada, por apenas 28 votos -, e fui reeleito com 10.800 votos de frente. A população demonstrou apreço pela minha gestão. Eu saí (da prefeitura) com minha consciência limpa. Eu não obtive enriquecimento ilícito, isso de jeito nenhum; sobrevivi com aquilo que era meu, o salário de prefeito; assim como hoje, continuo trabalhando para sobreviver, com meu salário de professor universitário. Sempre quando se termina um mandato político, não faltam aqueles que dizem “ah, porque ele tem hotéis não sei onde”, “ele tem uma rede de universidades em Minas Gerais”, “ele tem fazendas em tais e tais lugares”, “ele tem isso, tem aquilo” – dizem que eu tenho bens na Espanha, Alemanha, Cuba.
Diante de insinuações assim, eu digo ser bastante curioso tudo isso, porque talvez eu seja o único milionário que levanta de madrugada, trabalhando o dia inteiro, preparando aulas à noite, para sobreviver, pra continuar sobrevivendo.
Exatamente essa questão sempre atiçou minha curiosidade, porque normalmente um prefeito que fica oito anos administrando uma cidade, depois que deixa o cargo, ele não segue mais a profissão que lhe dava sobrevivência antes de entrar na política. Ou, então, multiplica seus bens, adquirindo, principalmente, fazendas, ou coisas do gênero. Seu caso é bem conhecido: deixou a prefeitura e voltou a dar aulas, acordando de madrugada, para chegar na segunda-feira, oito da manhã, nos Campus da Unifesspa, em Marabá. Fica na cidade até sexta à tarde, e retorna pra Xinguara, onde mora sua família, repetindo o vai e vem na segunda.
Eu sou morador de Xinguara, e por isso, não quero sair de lá. Seria mais cômodo, pra mim e minha família, mudar-se pra Marabá, porque é aqui onde trabalho hoje, na universidade, mas prefiro correr riscos na estrada, do que largar a cidade que amo. A minha vida social, a minha vida política, ela adquiriu formas ali em Xinguara. Mas eu venho pra Marabá na segunda-feira de madrugada, às vezes domingo à noite, viajando também na sexta-feira à noite, quando retorno ao meu lar, pra passar o fim de semana com minha esposa e filhos. E como eu venho também trabalhando ´blocado´, às vezes três turnos durante o dia, eu consigo cumprir num tempo curto, a minha carga horária de um professor que trabalha num semestre. Como, por exemplo, o mês de abril, meados de abril, maio, junho – eu estarei de folga, enquanto agora nos meses de janeiro, fevereiro e março , eu trabalho com uma carga horária dupla. E eu tenho conseguido esse tipo de arranjo, sobrando tempo para orientação de alunos. Enfim, toda atividade acadêmica que me cabe, até um pouco mais, tenho trabalhado. Não tenho nenhum privilégio a mais porque fui prefeito, porque sou uma pessoa projetada na sociedade de Xinguara e região, pra dizer, “aqui estão me poupando”, ou eu mesmo pedindo uma exceção pra mim. Eu faço questão de dar aula. Modéstia à parte, me considero um bom professor, graças a Deus sou reconhecido pelo que faço, me identifico como professor e, por isso, fiz questão de retomar à sala de aula. Me ofereceram cargos no governo federal, eu não aceitei, recusei todas as possibilidades de cargos que me ofereceram, depois de meu mandato de prefeito, porque eu queria mesmo era retomar minha vida profissional, aquilo que me identifica, como professor há quase trinta anos. Eu me realizo quando percebo que consigo ensinar, e dando o melhor de mim na sala de aula.
Em comparação ao salário de prefeito, o que ganho como professor, é bem menor. Nós, professores, temos salários baixos para a importância do nosso trabalho, mas como professor eu me realizo
Outras atividades, outros mandatos, eu posso vir a ser de novo prefeito, eleger-me deputado, ou seja o que for, mas a minha identificação é de professor. Eu acho assim muito estranho, aqueles que abandonam por completo a carreira de professor pra se dedicar à política. A gente precisa conciliar o tempo no magistério e da política.
Falando em política. Atualmente, a prefeitura de Xinguara está sob controle do PMDB. O atual prefeito, Osvaldinho, carrega nos ombros altíssima rejeição popular. Qual avaliação do desempenho de seu sucessor?
Nós temos lá, hoje, não é segredo pra ninguém, uma administração orientada por um grupo que vem da antiga UDR, grupo de direita. Entraram para o PMDB sem nenhuma tradição. O prefeito é um cidadão que estava no PTB, que foi pro PSDB e veio, depois, pro PMDB, por puro fisiologismo, conforme as conveniências de cada época, e que gastou muito nas eleições. Perdeu pra mim duas vezes, e hoje governa para um pequeno grupo, uma “panelinha”. Uma administração sem planejamento, não sabe o que quer, pra onde vai, não tem um projeto definido e, nitidamente, um governo de exclusão. Um governo pra poucos. Resultado disso é que a cidade vem decaindo.
Na minha administração, nós levamos pra Xinguara, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal, agencia do INSS, abrimos a Farmácia Popular, reestruturamos e ampliamos, em quatro vezes, o Hospital Municipal; construímos um posto de saúde em cada bairro e em cada distrito, e fizemos funcionar.
Conseguimos, também, em minha gestão, que Xinguara ocupasse o lugar da sétima cidade em desenvolvimento,do Estado do Pará, e a primeira em taxa positiva do emprego, ajudando, inclusive, a elevar o nível do segundo Cajeb. Avançamos muito no Ideb, e, agora, já se tem conhecimento que começa a decair. Andando pela cidade, observa-se o aparecimento de casas com placas “Aluga-se” ou “Vende-se”, coisas do gênero que não se via em nossa gestão. Enfim, uma decadência! Nós não temos uma administração pública com ações efetivas capazes de alavancar o desenvolvimento. Isto que existe lá, hoje, é outro modelo. Agora, é bom que se diga: precisava que a população experimentasse também este modelo. Na campanha, quando eu apoiei o outro candidato (Dr. Moacir, do PDT), que perdemos, eu falava: – “Vocês vão experimentar outro modelo de gestão, que pode trazer também experiências amargas”. Não deu outra.
Essa administração goza de muito desprestígio, hoje, com cerca de 80% de reprovação. Portanto, essa é a realidade de Xinguara.
Eu fiquei um ano inteiro ao largo da política, apenas observando a nova administração, sem fazer qualquer tipo de oposição sistemática. Pedi aos meus companheiros: – “Olha, vamos deixar um ano pra ver o que ele faz, pra ninguém nos acusar de estarmos atrapalhando, criando instabilidade política”. E nós deixamos! Se alguém disser que o professor Davi contribuiu para que Xinguara chegasse ao que chegou agora, ao retrocesso, não é verdade. Inclusive, o nosso partido (PT), tem colocado recursos pra cidade. Os nossos deputados têm colocado recursos. Eu nunca fiz uma viagem a Brasília para pedir que não enviassem recursos pro nosso município. Ao contrário, a gente sempre tem apoiado.
Pelo desenho atual da administração, é muito difícil o atual prefeito ter sucesso em sua reeleição. Há, inclusive, apelo muito grande, desde o empresário até o empregado, o funcionário público – para que eu volte como gestor. Eu sempre digo que vou refletir, que Deus nos ilumine, vamos ver o que o povo quer. Poderia até pensar em voltar, mas tenha certeza de que não morro de amores para voltar (à Prefeitura). Agora, pra gente que sonha sempre por uma cidade melhor, a tendência é que a gente volte novamente a oferecer nosso nome a candidaturas, seja agora para deputado, seja mais tarde, para prefeito. Isso depende de uma junção de fatores e análises.
A sua visão política de priorizar a inclusão social e trabalhar pelos menos favorecidos, esses fatores não são formas de você se sensibilizar e emprestar, de novo, seu novo, à análise do eleitorado de Xinguara e da região, disputando uma eleição proporcional em outubro? Dessa forma, você não estaria contribuindo muito mais do que fora da política?
Eu creio que sim. Pela experiência que tenho, pela minha formação política, pela minha formação ética, eu seria um excelente deputado. Não estaria apenas lutando por Xinguara, cidade onde resido, mas pela região toda. Eu fui um dos lutadores – e como lutei! -, pelo Estado de Carajás, juntamente com o deputado Giovanni (Queiroz), Luciano Guedes… Foi na minha gestão como presidente da AMAT (Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins) que nós conseguimos dar um grande passo na primeira aprovação para agilizar a tramitação do projeto de criação do novo Estado, depois com o Luciano Guedes à frente da AMAT, e eu à frente do grupo de Carajás… Esse projeto de emancipação da região Sul do Estado, é uma busca legítima. Não estamos propondo separatismo por separatismo. Estamos lutando pelos direitos de uma região que tem condições de ser uma unidade da Federação, independente, integrante da República, melhorando a distribuição de renda e a qualidade de vida de mais de um milhão e meio de habitantes.
Como deputado, caso eu decida lutar por uma cadeira no parlamento, uma de minhas bandeiras seria essa, somando com aqueles que sempre estiveram nesse desafio. O próprio deputado Asdrubal, o prefeito de Marabá, Salame (João); Giovanni Queiroz, citando apenas alguns exemplos de companheiros defensores dessa causa justa, independentemente da cor partidária, que tem uma luta histórica por Carajás. Eu seria mais um.
Naquilo que concerne ao debate de outras questões não menos importantes, a situação da Amazônia em relação ao restante do país, os recursos que temos direitos mas que ficam para as regiões mais desenvolvidas. É preciso desnudar a postura coronelista dos municípios do Sudeste do país em relação aos nossos municípios, da região Norte; insistir na penalização da Lei Kandir, essa legislação draconiana que condena o Pará a não usufruir dos impostos na área mineraria – ou seja, muita coisa a lutar por correções.
Se eu decidir me candidatar a deputado, é com esse intuito. Fazer esforços continuados pela emancipação de nossa região, em todos os níveis; aprofundar o debate em torno de melhorias de nossa malha rodoviária, da infraestrutura, da realocação de obras do PAC, defendendo sempre a lógica de que a Amazônia precisa ter atenção especial.
No passado, houve uma desigualdade muito grande. E, se agora, essa desigualdade persistir, nunca teremos os avanços que tanto sonhamos. A Amazônia tem que ter mais recursos, o Sul do Pará tem que ter mais recursos. Precisamos corrigir as distorções que tanto excluem nossas populações.
No que diz respeito à Educação, nós criamos nossa Universidade. A Unifesspa foi uma luta minha de muitos anos. Eu trabalhei na formatação do pré-projeto, na estrutura do pré-projeto. Entregamos nas mãos da então governadora Ana Júlia, que o entregou ao Presidente Lula, que nos garantiu que passaria ao seu sucessor a responsabilidade pela concretização de nosso sonho. E, de fato, a presidenta Dilma Roussef criou a Universidade do Sul/Sudeste do Pará.
Em relação a essa conquista, é bom deixar claro: não adiante pensar num novo Estado se nós não tivermos uma Educação de qualidade, e a universidade não tem que ter apenas sala de aula. Tem que ter pesquisa, tem que contribuir com o desenvolvimento da região. Então, agora nós temos essa ferramenta poderosa, mas precisamos começar outra luta: a briga para dotar nossa Unifesspa de recursos financeiros. E, pela experiência que tenho na política, a política tem que servir pra isso. Não tem sentido alguém entrar pra política, sacrificar seu tempo de descanso, de lazer, de ficar com a família, se for pra agir em benefício próprio.. É preciso ter a consciência do bem comum, como eu sempre tive quando prefeito.
Rogerio c. santos
31 de março de 2014 - 08:32parabens bloguero.voce entrevistou um grande homem de carater e luta,Divi foi e sera o melhor prefeito que xinguara ja teve ao longo de sua historia,e com toda certeze Davi vai ser o prefeito de xinguara outra vez por que o povo quer .quero dizer aos adiversarios que se Quide.DAVI FEZ DAVI FAZ DAVI VOLTA PRA FAZER MUITO MAIS
Cícero Sales
9 de março de 2014 - 01:17PARA OS QUE DISSERAM QUE O DAVI É FICHA SUJA, QUE ESTÁ COM BENS BLOQUEADOS, SEGUE INTEGRA DA SENTENÇA.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
CONSULTA DE PROCESSOS DO 1º GRAU – INTERNET
Nº Processo: 0005164-27.2013.814.0065
Data da Distribuição: 27/09/2013
DADOS DO PROCESSO
Comarca: XINGUARA
SENTENÇA
Vistos, etc.
O Ministério Público do Estado do Pará ajuizou a presente ação civil pública de responsabilidade pelo cometimento de
atos de improbidade administrativa c/c ressarcimento de danos ao erário, em desfavor de José Davi Passos e Visatec
Construções e Empreendimentos Ltda., por supostas irregularidades na execução do convênio nº 151/2010, nos
termos da petição inicial de fls. 02/14 e documentos anexos.
O Município de Xinguara ingressou com idêntica ação de improbidade administrativa, demandando-se o requerido
José Davi Passos, também sobre o convênio nº 151/2010, sendo a inicial autuada sob o nº 0003452-
02.2013.814.0065.
O requerido arguiu a litispendência, às fls. 600/602, ao argumento de que a citação da ação proposta pelo Município
de Xinguara ocorreu em 19/08/2013 e a citação manejada pelo Ministério Público deu-se no dia 17/10/2013.
Instado a se manifestar, o Ministério Público discordou do pedido de litispendência ao argumento de que é instituição
com previsão constitucional e o Município de Xinguara é pessoa jurídica de direito público interno, não se tratando das
mesmas pessoas que intentaram as ações de improbidade contra o requerido.
É o sucinto relatório.
Decido.
O pedido deve ser acolhido.
Pois o art. 301, § 3º, do CPC, dispõe que há litispendência quando se repete ação que está em curso.
As ações ajuizadas pelo Ministério Público e Município de Xinguara contêm a mesma causa de pedir, próxima e
remota, e os mesmos pedido s, mediatos e imediatos.
A citação válida é que determina o momento em que ocorre a litispendência , conforme preceituado n o art. 219, caput
, do CPC.
Na ação proposta pelo Munic ípio de Xinguara a citação se consolidou em 19/08/2013; Já a segunda ação manejada
pelo Ministério Público, onde se constatou a litispendência, a citação se acimentou no dia 17/10/2013.
Ora, a preocupação do legislador ordinário e dos doutrinadores brasileiros é óbvia, e cabe ao Juiz não admitir que
mais de um processo seja deflagrado contra o mesmo requerido, contendo a mesma causa de pedir e pedido.
Na lição de Humberto Theodoro Júnior , ¿Não se tolera, em direito processual, que uma mesma lide seja objeto de
mais de um processo simultaneamente¿.
Se, porventura, houver interesses convergentes quanto aos autores legitimados a propor idêntica ação, estes devem
vir a juízo na forma de litisconsórcio.
Em ações de improbidade administrativa, o Ministério Público, por força legal, tem atuação legal como fiscal da lei,
quando não intervier como parte, de acordo com a dicção do art. 17, § 4º, da Lei nº 8.429/92.
Isto posto, nos termos da fundamentação, reconheço a litispendência e extingo o processo, sem resolução do mérito,
nos exatos termos do art. 267, V, do Código de Processo Civil, revogando-se a decisão liminar de fls. 584/587.
Determino a expedição de ofícios aos Cartórios de Imóveis dos Municípios de Xinguara-PA e Londrina-PR, tornandose
sem efeito a decisão que ordenou o possível bloqueio de bens em nome dos requeridos. Adotem-se as mesmas
providências junto à Telemar, Detran, Banco Central e Agência de Defesa Agropecuária do Pará-ADEPARÁ.
Sem custas e honorários.
P.R.I.C.
Xinguara-PA, 24 de fevereiro de 2014.
José Admilson Gomes Pereira
Juiz de Direito
Claudio Marques Vereador
6 de março de 2014 - 20:39Todo nosso apoio ao Ex-Prefeito Davi Passos.
Nosso companheiro, Ex-Prefeito, José Davi Passos tem sido alvo de constantes denúncias e perseguições, acusado de prática de corrupção, pelos adversários.
Compreendemos estas perseguições e difamações, por causa do seu alto índice de popularidade, porque trabalhou muito, porque elevou o patamar de desenvolvimento de Xinguara em todas as áreas, como nunca antes na história de Xinguara havia sido feito.
A maneira que os adversários encontram para tentar queimar a alta popularidade de Davi Passos é pela via Judicial. Empenham todos os esforços e uma batalha judicial para este objetivo. Porque temem enfrentar a lideranças de Davi Passos nas próximas disputas eleitorais.
Davi trabalhou sua gestão, usando uma estratégia de multiplicação e aplicação dos recursos públicos que recebia, para todos os cantos e obras de Xinguara. Se Davi Passos tivesse desviado dinheiro público, teria realizando tantas obras e benefícios para a Cidade e Município? Teria pago a folha dos funcionários públlicos sempre em dias? Teria reajustado os salários dos servidores sempre de acordo os índices oficiais?
Convivemos cotidianamente com companheiro Davi Passos e sabemos que durante o exercício do mandato e nem após o mandato, não acumulou bens. Continua levando sua vida simples, trabalhando como Professor Universitário no Campus UNIFESSPA em Marabá, continuando sua residência no mesmo endereço em Xinguara. Caminha tranquilamente pelas ruas de Xinguara, de cabeça erguida e recebendo o abraço de todos que encontra nas ruas da cidade.
Os adversários passaram os oito anos acionando a gestão de Davi Passos na Justiça. Em todos os processos Davi Passos provou sua inocência. Nos últimos meses, foram veiculadas notícias de processos e liminares como se fossem sentenças e condenações. Não houve ainda nem um julgamento, portanto, nenhuma condenação contra Davi Passos.
Estamos com Davi Passos na sua defesa e acreditamos que a Justiça será feita. A maior verdade em favor de Davi Passos é o seu grande legado para Xinguara, a sua grande dedicação pelo desenvolvimento de Xinguara. A forma humana e atenta as pessoas como governou Xinguara. Estamos com você, companheiro Davi Passos!
Claudio Elias Marques – Vereador PT em Xinguara.
José Antonio
5 de março de 2014 - 17:24Isso seria cômico se não fosse tráfico .
Bora lembrar o tal professor , que ele é FICHA SUJA.
José Antonio
5 de março de 2014 - 17:20“Isso seria cômico , se não fosse trágico .”
Avisa o tal professor , acho que ele deve estar com amnésia , que o ex-prefeito Davi Passos é FICHA SUJA. O pesadelo dele ser candidato a Deputado ou coisa parecida , foi por água abaixo , assim como também os milhões que faltou nas obras que não foram concluídas na sua gestão . #bemlembrado #fichasuja #debitocompovoxinguarense
Elodi
4 de março de 2014 - 21:08Foi meu professor na ufpa, professor fantastico, brilhante mesmo.
Xinguarensedagema
4 de março de 2014 - 18:03Esse xinguarensedeverdade deve ser aliado aos “xinguarenses de mentira” que compõem o governo atual. Nao sou ligado a política nem a cargo poúblico. Sou comerciante que conhece a sua cidade e sente-se traido pelo atual prefeito, responsável por vivermos um momento de desespero, onde nada funciona. Só queremos um mandatário que nos respeite e faça a cidade andar pra frente, nao para trás como vem acontecendo agora
Xinguarensedeverdade
4 de março de 2014 - 17:57Esse xinguarense da gema é puxasaco do Davi, que foi um dos piores prefeitos que nós tivemos. Deixa de babar ovo isso é feiu home.
Hildenira Barros
4 de março de 2014 - 14:12Gostei demais dessa entrevista. Muito bom, blogueiro.
anonimo
4 de março de 2014 - 14:05Se todos os políticos tivesse essa qualificação desse professor, acho que a prática da política seria melhor, haveria menos safadeza. Parabens ao blog que nos tornou possivel conhecer esse moço, que passo agora a acompanhar sua trajetória e se eleja deputado pra mudar as mesmas caras que existem na AL de belem
xinguarense da gema
4 de março de 2014 - 12:33Xinguara está entregue as moscas. Nao estão fazendo nada na prefeitura. Professor Davi deixou saudades e o prefeito de Marabá precisa ajudar ele a se candidatar, pro sul do para tem um deputado estadual de vergonha. povo de xinguara vai ficar feliz
Reis
4 de março de 2014 - 12:23Gosto muito do professor davi, ele foi um excelente prefeito e está fazendo falta aqui em Xinguara. Tudo isso que o repórter fala dele, é verdade. Um grande homem
Joao Salame
4 de março de 2014 - 10:06Valeu Hiroshy. Mais uma bola dentro sua a entrevista. Davi Passos orgulha a categoria dos bons políticos. Culto, preparado, honesto, bom exemplo pra quem quer fazer da arte da política solução para os problemas da sociedade. Espero que ele saia candidato a deputado. Ou volte a disputar a prefeitura. Estarei ao lado dele ajudando-o.