Condenado à perda do mandato, suspensão dos direitos políticos por oito anos e ao pagamento de cerca de R$150 mil em multas, além da devolução de dinheiro  recebido como propina do grupo Planam, o deputado federal e pastor Josué Bengtson (PTB) será expurgado da vida pública, sem deixar saudades.
Pelo menos é o que atesta o prontuário político do evangélico, envolvido e beneficiado diretamente no esquema de corrupção denominado “Escândalo das Ambulâncias” que direcionava emendas parlamentares com a finalidade de viabilizar economicamente licitações em municípios paraenses, vencidas pelas empresas do grupo Planam.
Bengtson, que é o idealizador, no Pará, da Igreja Quadrangular, ganhou muito dinheiro no esquema ilícito de desvio de recursos da saúde,  sendo apontado como um dos líderes da máfia das ambulâncias.
Já prevendo que seria condenado, Josué vem preparando terreno para tentar colocar em seu lugar, na Câmara Federal, um de seus filhos.
Bom lembar ainda que,  em 2011, Marcos Willian Bengtson, filho do parlamentar, foi preso em Belém  acusado de ser ser  mandante da morte de José Valmeristo Soares, conhecido como Caribé, membro do MST, ocorrida na fazenda Cambará, em Santa Luzia do Pará.
A sentença condenatória de Josué Bengtson foi lavrada pelo juiz federal Henrique Jorge Dantas da Cruz, da 1ª Vara da Justiça Federal em Belém.