Lendo sobre a solenidade de reativação do Projeto Rondon, com a presença de Ana Júlia, o pôster relembra dos gostosos tempos do “Campus Avançado” do projeto, em Marabá. Foi graças aos rondonistas que o Pará ganhou de presente duas figuras maravilhosas: Adelina Braglia e Noé Von Atzingen, ambos originários de São Paulo que por um bom tempo coordenaram acadêmicos ávidos por conhecimento.

Tempos em que era uma farra ser rondonista, no bom sentido, claro.

Dava misto de tristeza e alegria a hora da troca de turmas. Uns chegando de Sampa e outros indo. Choros e risos. Saudades, muitas. O aeroporto empapuçado de gente. Vários sotaques. Torre de Babel.

O blogger namorou algumas rondonistas, varando madrugadas nas pequenas ruas de Marabá, de segunda a segunda, com violão, cerveja, peixe frito, papo e a felicidade no rosto de todos.

Diziam ter sido o Projeto Rondon idealizado para alienar os universitários brasileiros. Coisas dos militares.

Se procederam pensando dessa forma, quebraram a cara. No meio de acadêmicos de medicina, jornalistas, assistentes sociais, veterinários, pedagogas, sociólogos e demais cursos, vinha muito babaquinha. Mas a grande maioria era um hino à conspiração.

Tempos de Verinha, louca paixão de Valvilson, pernambucano da banda Brasas Seis, com quem tocamos centenas de bailes. Os dois pareciam um. Preto e branca, apaixonados, perdidamente.

Tempos de Aninha, assistente social, que numa noite enluarada fez o bobinho aqui atravessar o rio Tocantins, à canoa, pagando jacumã, somente os dois, pra contemplar a lua do outro lado, na praia do Tucunaré. Quando demos pelo mundo, estávamos perto da Praia do Carrapato, bem abaixo de Marabá, levados pela correnteza.

Vai ver os rondonista de hoje, ao escurecer, procuram o primeiro cyber café existente nas cidadezinhas desse Pará gostoso.

Um dia, o blog precisa contar histórias do anos dourados rondonistas. Da poesia, romantismo e muitas conspirações nas musicais noites tocantinas.

Foi bom. E muito rápido. Chegou e sumiu, como num piscar de olhos.