Nota do Sindicato dos Urbanitarios Belém, datada de  26 de abril, enviada pelo comentarista Luis Sergio Anders Cavalcante, espelha a situação desesperadora vivida pela energética tentando escapar da quebradeira, cada dia mais difícil:

 

 

A Direção do Grupo Rede Energia vem esvaziando o atendimento de consumidores na Celpa e aumentando no Mato Grosso do Sul. Naquele estado o Grupo possui uma empresa que atua no teleatendimento, a Rede Serviços, que dispõe de 460 trabalhadores nessa área. Desses, 171 atendem os consumidores do Pará. Desse total, 60 foram contratados agora em Abril, exclusivamente para atender a Celpa. O assunto foi tratado na reunião entre Sindicato e Celpa realizada na terça-feira(24/04). Pela primeira vez a empresa admitiu que o nosso Call Center é a segunda opção de atendimento. Ou seja, o CAC Celpa só atenderia nos casos de sobrecarga de atendimento no Mato Grosso do Sul, sistema que a empresa chama de transbordo. Na discussão, a empresa disse que o projeto é transformar o Call Center da Celpa em central de relacionamentos, no qual, grande parte dos atendentes realizarão atividades fora do teleatendimento. Não somos contra a criação dessa central, porém, jamais concordaremos com o fim do Call Center da Celpa, que é a maior empresa do Grupo Rede Energia. A Rede Serviços paga apenas RS 702,00 de salario e RS 190 de tíquete-alimentação. Um serviço importante como esse deveria ser valorizado com melhores salarios a serem pagos pelo Grupo Rede. Não podemos aceitar que o Call Center da Celpa seja uma mera retaguarda de atendimento. Nosso acordo coletivo de trabalho determina a manutenção dos postos de trabalho do Call Center na quantidade de 211 trabalhadores e 175 atendentes nas lojas de atendimento. Ficou decidido na reunião que a direção da Celpa irá nos fornecer nesta sexta-feira, 27, a lista de todos os trabalhadores que compõem o atual quadro do Call Center. A Celpa ficou tambem de nos repassar nesta sexta-feira uma posição sobre o pagamento (atrasado 3 parcelas caminhando para 4) do Plano Bresser e sobre a multa pelo atraso do pagamento das parcelas do PCCS.”