O conteúdo da conversa  nada republicana entre o vereador de Marabá Aerton Grande (Solidariedade) e um agente do Detran, repercutida em vídeo   AQUI no blog,  nada mais é do que os efeitos danosos de uma relação promíscua entre alguns vereadores de Marabá  e o prefeito Tião Miranda (PSD).

E aqui cita-se o nome de Tião Miranda porque nada, absolutamente nada, na Prefeitura de Marabá, é feito sem  o olhar atento e rigoroso do prefeito municipal.

Não há nenhuma possibilidade de se firmar contratos, principalmente na Secretaria de Obras, sem que seu conteúdo seja levado ao conhecimento de Miranda.

Tião sabe de tudo o que ocorre no âmbito de sua gestão.

O que Aerton fazia encostado na janela do banco do passageiro do carro do Detran nada mais representava do que sua preocupação em defender  os caçambeiros que trafegam praticando manobras irregulares nas ruas da cidade.

Caçambeiros que trabalham em caminhões que seriam alugados à Secretaria de Obras de Marabá pelo próprio parlamentar.

Depois do episódio de Aerton com o servidor do Detran, o blogueiro recebeu dezenas de mensagens e  alguns telefonemas de pessoas que atuam dentro da prefeitura, oferecendo mais informações sobre a prática do toma-lá-dá-cá entre alguns vereadores e  a prefeitura.

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Há muito se fala da tal “política das caçambas” dentro da prefeitura e da Câmara Municipal.

Ela funciona assim: um vereador compra ou aluga uma caçamba de terceiros e  negocia com a secretaria de Obras sua contratação para prestar serviços à administração pública.

O valor mensal do contrato é suficiente para “amansar descontentes” (na expressão de um servidor municipal). e manter o parlamentar fiel às votações de matérias de interesse do Executivo.

Registre-se: não são todos os vereadores que participam da “política das caçambas”. O esquema é praticado por um grupo reduzido de parlamentares.

As ameaças de Aerton Grande ao servidor do Detran, se o leitor do blog observar atentamente, são para “proteger” os caçambeiros que trabalham em veículos de interesse do vereador.

O fisiologismo substitui o debate de projetos, que deveria nortear a atuação do Parlamento e sua relação com o Poder Executivo, por uma troca de favores.

As práticas da velha política  do fisiologismo  sempre vivas dentro da Câmara Municipal , norteando as relações entre os dois poderes, Legislativo e Executivo.

Pior desse cenário é que a chamada “política das caçambas” é do pleno conhecimento do Ministério Público, que a tudo vê e …… nada faz.

O vídeo, publicado no blog, é a prova mais dramática e explicita dessa safadeza -, corroborada pela omissão das autoridades que deveriam fiscalizá-la e puni-la.

Taí, de novo, o papo do Aerton – “O Grande” – com o fiscal do Detran.