Todo bom protagonista sabe escolher o seu papel. Ao optar pela absolvição da vereadora Elka Queiroz (PTB), a Câmara de Marabá, pecadora como ela só, acabou assumindo dois papéis.

Tornou-se assassina da ética e da honestidade e, simultaneamente, suicida.

Para não destoar do enredo, os vereadores que votaram pelo liberô gerá terão um julgamento duríssimo do eleitor, na eleição de 2012.

Sente-se cheiro de queimação, por onde a vista bate ou em bate-papo com a turma do “andar de baixo”.

Numa visão bem mais simbólica, o efeito moral da absolvição de Elka fica traduzido assim: no novíssimo prédio da Câmara, alguns de seus protagonistas flertam com o desmazelo: por fora, a desfaçatez; por dentro, o mato.

———————

Atualização às 09:19

A pedido de comentarista do blog, aqui está a relação de quem votou contra e favorável a absolvição da vereadora Elka Queiroz.