Advogado Plínio Pinheiro, dotado de extraordinária memória dos fatos históricos do Estado do Pará, é o primeiro leitor a se manifestar ao post Onde Carlos Gomes morou, confirmando informação sobre o endereço onde Carlos Gomes morou, em Belém.
O comentário do advogado marabaense:
Caro Hiroshi,
É necessário dizeres onde moras, para sabermos se há veracidade no que afirmas.O Pará é um Estado descuidado para com os seus vultos históricos e as suas relembranças.A casa em que morreu o maestro Carlos Gomes, na Rua Quintino Bocaiuva esquina da rua que desce para o Shopping Boullevard e que agora me foge o nome, nem mais a placa indicativa disso possui.
A casa em que nasceu o General Gurjão, heroi da guerra do Paraguai, na rua do mesmo nome, está em ruinas.No local de um edificio, esquina de Conselheiro Furtado com Generalissimo Deodoro, local em que nasceu o poeta Antonio Tavernad, autor da letra do hino do Clube do Remo, inclusive, não tem nenhuma memória disso.
A bela residencia do Barão de Guamá, hoje sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, está há anos aguardando restauração.Isso para não falarmos no Palacete Pinho.Ainda bem que o Poder Judiciário restaurou o Colégio Lauro Sodré para ser a sede do TJE/PA, senão outra bela lembrança dos tempos aúreos do Pará estaria perdida.
Doi igualmente vermos o estado de abandono da Praça da República, uma das mais belas do mundo, transformada em feira livre, da Praça Batista Campos, do Largo do Colégio do Carmo, do Mercado de São Braz que poderia ser igual ao Mercado Municipal de São Paulo e que serve, apenas, para abrigar ambulantes, dos marcos fálicos, em mármore, que os portugueses endinheirados colocavam em pontos estratégicos para homenagear o nascimento dos filhos (um no canteiro central da Almirante Barroso, próximo ao Viaduto e outro na esquina do Colégio do Carmo.
Triste Pará de triste e esquecida memória!
Hiroshi Bogéa
21 de junho de 2010 - 11:48Somente agora, com bastante atraso, respondendo ao Plínio: O edifício Guarani fica na Tiradentes esquina com a Quintino, parceiro.
Abs
Hiroshi Bogéa
21 de junho de 2010 - 11:45Concordo também com você, Bia.
Em Conceição do Araguaia, berço das cidades do entorno do Araguaia-Tocantins, prédios antigos em ruínas provocam dor no coração de quem conhece a importância daquele região para a nossa História.
Ainda há traços do maravilhoso trabalho desenvolvido pelo religioso francês frei Gil de Vilanova, desde quado ali aportou para catequizar os índios Kaiapó, em 1888 – portanto, registros ligados ao período do Brasil Imperial.
A bela catedral construida há quase 100 anos é um patrimônio a merecer cuidados de conservação com objetivo de manter suas linhas originais.
Bia (Adelina, pra você)
20 de junho de 2010 - 14:01Bom dia, caro Hiroshi:
o comentário de Plínio é perfeito. Ando por Belém, às vezes, tentando advinhar onde e como viveram nossos personagens.
O monumeto à Cabanagem é o triste retrato do que achamos da nossa história. O "museu" de magalhães Barata é solenemente ignorado por todos.
Não valorizamos o passado, não nos damos conta do presente e ainda queremos intervir no futuro!
Um abraço.