Logicamente com anuência da Vale, a construtora Camargo Correa, responsável por um dos trechos das  obras de duplicação da Estrada Ferro Carajás, continua importando empresas de São Luís para lhe  prestar serviço, em detrimento dos comerciantes locais.

Depois de anunciar a contratação de uma firma maranhense para cuidar do setor de segurança do trabalho, a empreiteira está fechando com outra empresa de São Luís, agora para fornecimento de alimentação.

A velha política de segregação dos marabaenses, estimulada pela Vale, a todo vapor – como se Marabá não tivesse empresas do setor qualificadas para atender a contento suas terceirizadas.

A Camargo Correa, quando assinou contrato milionário para duplicar a ferrovia, sabia, claro, do modus operandi da mineradora, preferencialmente escancarada a  oportunizar espaços às empresas de fora do Pará.

Nenhuma firma que trabalha para a Vale realiza contratações sem seguir o “manual de instruções” imposto pela multinacional.

Portanto, os recentes casos de contratações da Camargo isolando ainda mais as empresas  marabaenses, têm o aval da mineradora.

Um aval que pode resultar no aprofundamento perigoso do fosse que separa a empresa  da sociedade regional.