O litígio entre ambientalistas e o Frigorífico Bertin não ficou tão evidenciado na primeira audiência pública para discussão da ampliação da capacidade de processamento de carne e couro do Bertin em Marabá. Representantes da IFC, braço financeiro do Banco Mundial, estavam presente.
Os técnicos do frigorífico expuseram o tipo de tecnologia a ser usada no processo de canalização dos detritos e derivados poluentes. Preocupação maior das ONGS é com a qualidade da água a ser jogada no Itacaiúnas e com os impactos do aumento de 100% no número de cabeças de gado abatidas. Hoje são 800 ao dia, até 2009 serão 1.600. Esse boom de pecuária na floresta têm gerado repercussão negativa na mídia, e polêmica entre movimentos sociais e ambientalistas. Questionam que a necessidade de aumento das áreas de pastagem – previsto no projeto aprovado pela IFC – levaria a novos desmatamentos e a outros crimes que historicamente o acompanham na região: uso de mão-de-obra escrava, violência contra trabalhadores e grilagem de terras.