O poster acaba de ler, aqui em Itupiranga, manifestação de inconformismo da deputada estadual Bernadete ten Caten (PT), em discurso na Assembléia Legislativa.

Um dos trechos da fala de parlamentar diz:

“O veto esta fundamentado na evidente inconstitucionalidade da emenda aprovada, criando um diferencial favorável ao Legislativo, ferindo a isonomia entre os poderes, e até parece um pouco como legislar em causa própria, feita por despeito e por uma clara demonstração de força”.

O esperneio de Bernadete se justifica.

Ana Júlia está protegida juridicamente ao vetar o tal parágrafo único do artigo 4º do projeto que criou a Secretaria de Estado de Comunicação.

Os deputados que votaram pela derrubada do veto sabem também disso.

O que eles fizeram, diante de jactância ridícula, foi mexer o tacho de soberba num momento em que parte de parlamentares busca, exclusivamente, travar queda-de-braço com setores do governo, para mostrar “quem manda aqui” .

Dentro daquela casa, vive-se o momento do xerifismo empacotado, expressão usada por parlamentares democratas norte-americanos para designar a falsa altivez de colegas republicanos.

Até os menos informados sabem que concessão pública da União segue leis federais, totalmente desagregadas dos interesses de sonhos megalomaníacos de deputados estaduais.

A TV Cultura, da Funtelpa, é um exemplo disso.

A derrubada do veto do governo carrega um conjunto de intenções que mistura gabotice, disparate e  bazófia numa mesma fanfarronada.Momento único do xerifismo empacotado dilacerar-se em ejaculação precoce.

Como a derrubada do veto é uma vitória de Pirro, dessa infrutuosa programação, estamos livres, sim!

Em última instancia, a Justiça evitará de nossas residências serem invadidas, duas horas diárias, por desnecessários impropérios.