Auditoria na folha salarial da Secretaria de Educação exigida pelo Sintepp – Sindicato dos Trabalhadores em Educação – e por alguns vereadores que integram a oposição, na Câmara de Marabá,  descobre a existência de um dos mais escandalosos golpes aplicados contra o setor.

Propalado até hoje pelo próprio Sintepp como “direito adquirido”, o pagamento  de proventos à chamada “progressão funcional” feito a alguns servidores, desde a gestão do ex-prefeito Tião Miranda, até os dias de hoje, não passa de uma  vergonhosa fraude, conforme atestam dados levantados pela equipe do advogado Inocêncio Mártires Coelho, responsável pela devassa nos dados contábeis da Secretaria de Educação.

O golpe consome mais de R$ 2 milhões mensalmente dos cofres públicos.

Tudo começou a partir de uma decisão da juíza de direito Kátia Parente, durante a gestão do Tião Miranda, que indeferiu o pedido da Progressão, por julgá-la inconstitucional.

Em seu despacho, a juíza nega a ascensão funcional mas sugere a possibilidade do servidor ser promovido.

A partir daí,  venderam gato por lebre.

Trocaram  Promoção por Progressão.

E, desde então, mais e mais pessoas da área educacional passaram a requerer benefícios sem que nenhuma autoridade analisasse mais a fundo  o que fora decidido pela Justiça.

A história é longa, e será contada diariamente aqui no blog.

A auditoria está recheada de emoções.

Detalhes minuciosos, tudo comprovadamente no papel, com assinatura de quem requereu o “benefício”, quem despachou e, pasmem,  à revelia do prefeito Tião Miranda, cuja posição à época foi totalmente contrária à cessão da progressão, dada a sua inconstitucionalidade.

No embalo do “deixa a vida me levar” , como no sambinha popular, quem era o Procurador-Geral do Município?

O atual Promotor de Justiça  Júlio César Sousa Costa.

Qual foi a posição do então procurador-geral, nesse imbróglio?

Se o prefeito Tião Miranda negou a progressão, quem então a cedeu?

E como foi a participação do governo Maurino Magalhães, prefeito que antecedeu a atual gestão de João Salame?

Emoções, muitas emoções à vista.

A auditoria mergulhou fundo num emaranhado de papelada que, confrontando dados,  “dimensiona a brutalidade ética e o grave atentado ao postulado da isonomia que o STF baniu com a edição da súmula vinculante 43” – conforme cita em relatório.

A gravidade do golpe trará consequência imediata: a prefeitura irá cancelar os atos, e ingressará na Justiça com pedido de ressarcimento dos valores pagos indevidamente.

É muita grana.

E não tem pra onde correr: executa-se a ação judicial imediatamente ou  maiores danos serão causados à gestão público, em seu todo.

A partir deste domingo, numa sequência de uma semana, o blog contará como surgiu o golpe, quem são seus  protagonistas e as consequências do enredo.

Digamos assim: como nos seriados de TV, cada dia uma nova emoção.

Ah! Antes que a caixa de comentários comece a absorver maluquices dos mentecaptos, com as conhecidas agressões corporativas, um aviso: tudo que o blog irá noticiar, está baseado em documentos, com assinaturas de seus protagonistas.