A história é antiga.

É bem antiga, sim. Mas se repete, com as mesmas tonalidades da obscura estética do mal.

Os caratonhas deixam piorar, porque é a lógica do quanto pior mais rápido pra se obter lucros remendando aqui e ali.

Arremedo de remendo.

Lá se vão mais de quinze anos com a mesma promessa não cumprida de construir pontes seguras de concreto.

E como já estamos quase no fim do governo Ana Júlia, a Setran repete os mesmos gestos e frases. E promessas enfadonhas, sem tocar no principal: resolver o problema de morte.

Tão de morte que mais uma pessoa está sendo enterrada, hoje, por tentar atravessar uma das pontes intransitáveis da Pa-150, beco sem saída até para condutores dos mais experientes.

A 35 km de Marabá, na pior delas, sobre o igarapé Sororó, um inocente cidadão, ao tentar fugir do cerco apresentado à sua frente por ter reduzido a quase zero a velocidade do veículo para poder atravessar a ponte com possibilidade de chegar do outro lado dela com vida, se apavorou diante dos bandidos armados, acelerando desesperadamente.

Um tiro certeiro de um dos facínoras matou o rapaz tentando escapar do assalto.

O corpo estendido no carro e os destroços de uma ponte criminosa, tão quanto secretários incompetentes, e mentirosos, a passar por cargos sem compromissos de mudanças.