Jornalista Carlos Mendes  rebate comentário enviado ao blog a respeito do post Financiamento de campanhas.

Já moderado na caixa de comentários, o texto vem também pra fora, na íntegra:

Prezado Hiroshi Bogéa,

Alertado por colegas de profissão fui ao teu blog e vi a acusação falsa contra mim postada com destaque. É lamentável, em primeiro lugar, que um anônimo escondido covarde e convenientemente atrás do próprio anonimato- já que lhe falta coragem suficiente para assinar o nome e se apresentar de frente para reafirmar a mentira que propaga- tenha guarida no teu blog.

Em segundo lugar, meu nome e minha credibilidade no jornalismo paraense não foram construídos com mentiras e nem matérias inventadas. Você, que se diz bem informado, deveria saber disso se checasse a informação com fontes idôneas. Pergunte à família Maiorana e ao Walmir Botelho qual o motivo de minha saída de O Liberal, jornal no qual trabalhei ininterruptamente por quase 20 anos.

Outra coisa: não fui pedir emprego no Diário do Pará, como mentirosamente também diz o anônimo a quem você abriga em seu conceituado blog. Procure saber a verdade, perguntando isso ao Jader Filho.

Com relação ao jornal O Estado de São Paulo, para o qual trabalho há 15 anos, sinto orgulho de a ele pertencer. Prova disso é o respeito que conquistei de todos os editores de todas as editorias que lá estão ou por lá já passaram.

São conquistas que nenhum mentiroso, mesmo o mais vil dos covardes, o anônimo, conseguirá remover.

Se você, Hiroshi, diverge do que escrevi sobre a campanha milionária do PT, faça o bom combate de idéias. Não tente desqualificar as informações lá expostas. Quando ouvi os responsáveis pela campanha do PT para a matéria publicada pelo Estadão e reproduzida pelo Diário em nenhum momento eles contestaram o valor estimado dos gastos.

Desejo vida longa ao teu blog e estou a tua disposição para quaisquer esclarecimentos.
Carlos Mendes

——————-
Nota do blog: como divergi da forma como o jornalista colocou o tema em matéria no Diário do Pará, fiz questão de assinar um post sobre o tema, sem desqualificar quem quer seja. Apenas reportei-me ao que realmente deveria ser pontificado: o financiamento privado das campanhas, espectro  de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, locupletação explícita de uns e outros, e por aí vai.

O fiz pela simples razão de que enquanto não se instituir no país o financiamento público das eleições, haverá sempre alguem escrevendo que este ou aquele candidato gasta mais do que o outro, num processo velho e repetido que nada acrescenta para avançarmos no processo de modernização do sistema eleitoral.

Da forma como Carlos Mendes colocou o texto, repito,  é acrescentar hipocrisia à questão.